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Pensamento do dia


"Como um viajante que erra o caminho e, assim que se apercebe, rapidamente retorna à estrada correta, assim também você continue a meditar sem se fixar nas distrações." (São Pio de Pietrelcina)

sábado, 30 de julho de 2011

Dica: Programas Rádio Aliança FM

Nos dias em que vivemos não "sobra tempo pra nada"; mas ao mesmo tempo, se não sobra tempo, é porque ele é gasto com alguma coisa. E não sobra pra quem? Pra Deus.
É exatamente para nos ajudar a encher o nosso coração de Deus que existe a Rádio Aliança (106.3 FM), uma rádio sem propagandas comerciais, que espalha o amor de Deus pelo ar.
Esta rádio é um tesouro para nós gaúchos, com teologia de primeira e música católica de qualidade o tempo todo!
Podemos ouvir no ônibus, em casa, na universidade, no carro, no trem, graças aos aparelhos portáteis. Não tem desculpa!

Hoje a dica vai para os programas "Temas atuais da fé católica (às 07:30)" e "Nova evangelização (às 08:00)". O primeiro aborda de forma direta e completa questões importantes, e às vezes polêmicas, que envolvem a nossa fé católica. O segundo nos oferece o evangelho do dia proclamado, comentado por um sacerdote convidado e partilhado com os ouvintes. São duas joias pra começar bem o dia.

Em breve outras dicas. Vamos aos poucos pra não confundir a cuca.
Sintonizemos e rezemos juntos!

Abraço e Paz.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil

Devemos lembrar que é importante fazer o bem


Imagem de DestaqueQue a nossa meta seja o amor! O amor cobre uma multidão de pecados, como ensina a Palavra de Deus. Jesus não quer que o vivamos de qualquer jeito, só da boca para fora. Deus não quer um amor fingido!

Amor fingido?! Isso existe?! Existe até demais! Nosso mundo prima pela aparência. Estamos numa sociedade muito frágil, que pôs os seus alicerces não na verdade, mas nas aparências.
Nesta sociedade, as coisas boas só valem a pena desde que sejam vistas, aplaudidas e tragam um retorno ainda maior para quem as fez. Isso não é amor, é comércio; e pode acontecer com cada um de nós se fizermos as boas obras esperando algo em troca.

O amor é gratuito. Não só é gratuito, mas nós o devemos a todos os que de nós se aproximam: "Não tenhais dívida alguma com ninguém, a não ser a de um amor mútuo, pois quem ama o seu semelhante cumpriu a lei" (Rm 13, 8-10).
Como termômetro da caridade devemos lembrar que é importante fazer o bem, mas ainda é mais importante querer o bem, que antes do "bem fazer" venha o "bem querer". Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil; nossas boas obras podem até ser aproveitadas por alguém, mas a nós de nada servirão diante de Deus.

O amor precisa ser a raiz de tudo o que fazemos. Como é que Deus nos ensina a amar? Ele nos ensina muito concretamente: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Nosso Pai está nos dizendo que para amar sem falsidade devemos fazer às pessoas tudo o que gostaríamos que alguém fizesse a nós e que não façamos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem.
Parece simples, mas a nossa velha natureza, marcada pelo pecado, reage mal a essa proposta. Por isso, não podemos buscar as forças neste coração meramente humano, precisamos buscá-las no coração divino, que Deus plantou dentro de nós.
Para amar assim só com um novo coração. Todo batizado tem este "coração novo", o que precisa é usá-lo, exercitá-lo. "Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros" (Rm 12,9).
Quando amamos de coração, o Espírito Santo, que em nós habita, é quem ama em nós. Por nosso intermédio passa o amor do próprio Deus. Nisso o nosso amor é diferente dos demais, por ser amor de Deus: Já não sou eu que amo, mas Cristo que ama em mim!
Foto Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".
http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12437

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ser chique sempre, por Glória Kalil

Glória Kalil
Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é ser discreto.

Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuaçõe inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.

É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.


Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não
aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!

Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!

Glória Kalil
Dica da amiga Cíntia Azevedo

Nós somos a igreja católica!


http://www.youtube.com/watch?v=kkfhX_xhCcw

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Rosa de Saron - Rara Calma

Não vos canseis de praticar o bem

Por Cardeal Odilo Scherer
SÃO PAULO, quarta-feira, 13 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Diversas podem ser as expressões de religião e religiosidade: o rito, mediante o qual se dirige a Deus a adoração, louvor, ação de graças e súplica; a obediência a Deus, mediante a qual se procura viver conforme a vontade de Deus. Ou ainda o rito mágico, mediante o qual se tenta “capturar” ou apossar-se da potência divina, para sujeitá-la ao desejo e à vontade do homem.
Sem aceitar a magia, por ser considerada desrespeitosa em relação a Deus, nossa fé tem muitas e ricas expressões de vida cristã e eclesial. Não pode a fé ser apenas um “fato intelectual”; ela precisa expressar-se na vida, de muitas maneiras: nos ritos e atitudes de adoração, louvor, agradecimento, súplica e pedido de perdão, na acolhida dos dons de Deus. Não pode faltar a prática das boas obras, como expressão da obediência a Deus; nem podemos deixar de lado o exercício da ascese, para corrigir o que está errado em nossa vida, ou a prática das virtudes, como busca da perfeição evangélica, segundo “aquilo que aprendemos de Cristo”.
Na “Oração do dia”, do 15º Domingo do tempo comum, celebrado no dia 10 passado, pedimos a Deus a graça de “rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome”. Essa bela prece indica a dupla dimensão do viver cristão: a superação dos vícios e de tudo aquilo que contradiz a dignidade de filhos de Deus, recebida no Batismo e, por outro lado, o esforço para o viver coerente com a condição nova de cristãos.
São João diz que é preciso “viver como filhos da luz”; e São Paulo recorda, de diversas maneiras, que é preciso abandonar aquilo que é do “homem velho”, para viver como “homens novos”; ou ainda, que devemos viver segundo o Espírito, abandonando as obras da carne”; e que a perfeição do novo modo de viver cristão é a caridade, na qual se expressa a perfeição da vida cristã.
O mesmo São Paulo, na Carta aos Gálatas, enfrenta vários problemas vividos naquela comunidade e os exorta a viverem com coerência a vida cristã. É uma carta franca e vigorosa, marcada pelo zelo do apóstolo, que não quer ver os fiéis desviarem-se do caminho de Cristo. Já perto da conclusão da carta, Paulo convida a “carregar os fardos uns dos outros, para cumprir a lei de Cristo” (cf 6,2); por certo, ele recorda que Jesus carregou na cruz, por amor a nós, nossos pesos... E convida, como a resumir todo o esforço da vida cristã: “não esmoreçamos na prática do bem, pois no devido tempo colheremos os frutos, se não desanimarmos”.
Dom Julio Akamine, novo bispo auxiliar de São Paulo ordenado no sábado, dia 9 de julho, escolheu este expressivo lema episcopal: “bonum facientes infatigabiles” – “sede incansáveis na prática do bem” (Gl 6,9). Em outra passagem, Paulo repete mais uma vez: “não vos canseis de fazer o bem” (2Ts 3,13). O cristão deve ser operoso e incansável na prática do bem, sem nunca ceder à tentação do desânimo. O papa Bento 16, há alguns dias, recordou também outra exortação de São Paulo: “detestai o mal e apegai-vos ao bem” (Rm 12,9). Nada de compactuar com o mal. O próprio Jesus nos ensinou a pedir, no Pai Nosso, que Deus nos livre do mal. O cristão não deve aliar-se jamais ao mal, nem ser agente do mal. Seria trágico!
A Palavra de Deus desse mesmo domingo ainda nos ensinou que Deus espera de nós os frutos da sua Palavra, que veio ao mundo e foi dada a conhecer aos homens, como semeadura abundante: “saiu o semeador a semear” (cf Mt 13). A semente é boa e capaz de produzir; mas o terreno, que somos nós, pode ser duro, cheio de pedras, de pouca profundidade, tomado de espinhos e mato; e pode ser bom, bem preparado e acolhedor para a semente. Somente esse último terreno produz frutos.
No entanto, Deus semeia, esperando que todos os terrenos produzam fruto, como nos recorda o profeta Isaías: “como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam, sem antes ter irrigado a terra, feito germinar a semente e produzir o fruto, assim a palavra que sai de minha boca não voltará vazia para mim, sem ter produzido os efeitos que pretendi, ao enviá-la” (cf Is 55, 10-11).
O viver cristão não é um crer estéril, sem frutos, mas um crer operoso e frutífero. Não bastam boas palavras e intenções que, porém, nunca se traduzem em comportamentos coerentes, em obediência a Deus e vida digna, conforme a altíssima vocação cristã: ser filhos do Pai celeste! Portanto, irmãos, não nos cansemos de praticar o bem!
Publicado em O SÃO PAULO, edição de 12/07/2011
Cardeal Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo

terça-feira, 12 de julho de 2011

Índia: Igreja denuncia mudança de sexo de recém-nascidas

Uma prática que substitui os abortos de meninas

BHOPAL, segunda-feira, 11 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Representantes da Igreja Católica na Índia denunciaram as cirurgias de mudança de sexo que os médicos realizam a pedido dos pais que deram à luz uma menina.
Este fenômeno, que acontece diante da tradição cultural e religiosa que privilegia os filhos do sexo masculino, estendeu-se no estado de Madhya Pradesh (Índia Central).
O governo do Estado colocou em marcha uma investigação oficial para deter a prática. Somente na cidade de Indore foram documentados 300 casos. O custo da cirurgia é de cerca de 3.200 dólares.
A difusão do fenômeno faz que algumas famílias viajem a Indore, partindo de Nova Déli ou Mumbai, para submeter as recém-nascidas a esta cirurgia.
“Condenamos energicamente, como bispos da Índia, esta horrível prática. É o resultado de uma mentalidade que favorece o homem como fonte de lucro e como filho de maior valor, mortificando a dignidade da mulher”, declarou, por meio da agência Fides, o Pe. Charles Irudayam, secretário do Comitê Justiça, Paz e Desenvolvimento, da Conferência Episcopal da Índia.
“Conhecíamos o fenômeno do aborto seletivo, que, de acordo com alguns estudos, nos últimos 20 anos afetou mais de 5 milhões de meninas. O governo está procurando lidar com medidas especiais e, de fato, deu-se uma diminuição. Mas agora surgiu a cirurgia”, acrescentou.
“Penso que a responsabilidade é, antes de mais nada, dos pais que o solicitam e dos médicos que fazem este trabalho. Temos de trabalhar mais e mais – como a Igreja faz – para difundir uma cultura de igualdade de gênero e promover a dignidade e os direitos das mulheres na sociedade”, esclarece.
“Mas temos de lutar contra uma mentalidade agora enraizada e este é um trabalho que requer tempo”, comentou o secretário do comitê episcopal.
A Igreja Católica, segundo recorda o Pe. Irudayam, gestiona milhões de centros de saúde, “valorizados pelo seu excelente trabalho, que difundem uma mentalidade e uma prática de respeito pela vida e pela dignidade humana. Temos de continuar o trabalho de educação das consciências”.
O Pe. Anand Muttungal, porta-voz do Conselho de Bispos de Madhya Pradesh, declarou a Fides: “A preferência pelo homem é ainda forte nas famílias de fé hinduísta, pela crença de que, para alcançar a salvação, é preciso ter um filho homem. Com o fator religioso, o problema se torna maior. Como Igreja de Madhya Pradesh, expressamos nossa preocupação e procuramos estar perto dos problemas e das necessidades das pessoas”.

Permalink: http://www.zenit.org/article-28440?l=portuguese

Você tem solução!


O Senhor está dizendo a todos que a graça da conversão precisa ser consolidada! Quando o Senhor nos fala, não é para nos apontar o dedo e nos condenar. Pelo contrário, Deus não quer a morte do pecador, mas sim, que ele se converta e viva.

"Esses fatos lhe aconteciam para servir de exemplo e foram postos por escrito para instruir a nós, a quem coube o fim dos tempos" (I Cor 10,11).

Os fatos foram escritos para nossa advertência! A verdade é esta: o Senhor não está querendo castigar o Seu povo, pelo contrário, a briga d'Ele não é com o Seu povo, não é conosco, não é contra a humanidade vítima da tentação; a briga do Senhor é contra o inimigo... E você sabe quem é o verdadeiro inimigo.

O maligno constrói um castelo bonito, como aqueles que as crianças fazem na praia: um castelo de ilusão, malícia, corrupção, cobiça, ganância, impureza, pornografia, obscenidade. Ele parece até pomposo e firme, mas é de areia. Construído o castelo, ele mesmo vem e faz como as crianças: derruba tudo e dá risada!

Infelizmente, muitos foram vítimas de uma afetividade desviada e fraca. Muitas moças carentes de amor, porque não foram amadas na família, buscaram compensá-lo em relacionamentos errados.

Não podemos permitir que o inimigo deboche do nosso Deus, nos usando como vítimas; não fomos feitos para isso. Não deixe o inimigo continuar debochando do Senhor e rindo de você! Não estrague sua vida! Talvez você não tenha percebido ainda, pois no começo é “aquele embalo”. Parece tudo muito bom e muito gostoso, uma linda aventura! Mas você está sendo ingênuo e iludido pelo inimigo. Talvez você nunca tenha encontrado alguém com quem pudesse abrir o coração e falar da sua situação, sem receio. Alguém que levasse você a sério e acreditasse na sua recuperação.

Ouça o que o Senhor lhe diz: “Você tem solução!”

É preciso recorrer aos meios que Ele lhe dá, mas é importante também a sua decisão. Se você já foi vítima, vai precisar de muito empenho para lutar contra o pecado, como se luta contra qualquer outra doença. Se a moléstia se alastrou, é preciso um tratamento muito mais sério ainda. Não existe problema sem solução e o Senhor quer dar uma solução para você. A solução não é “assumir”, partindo para o desregramento, mas é resolver. É decisão, é luta, é garra, é oração de cura interior e, se forem necessários, remédios e terapias. E se a doença perdurar, reaja e continue a lutar! É loucura pensar que no campo da sexualidade tudo é permitido.

(Trecho extraído do livro "Homem e mulher em sintonia" de monsenhor Jonas Abib)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

“A liturgia não admite ficção: exige sempre a verdade” (2)

Fala novo diretor do Instituto Superior de Liturgia de Barcelona

BARCELONA, quarta-feira, 6 de julho de 2011 (ZENIT.org) – É impossível confundir a liturgia com um código de normas ou uma espécie de protocolo sagrado, quando é compreendida e estudada a partir de dentro. Esta é a reflexão feita nesta entrevista pelo novo diretor do Instituto Superior de Liturgia de Barcelona (http://www.cpl.es/ISLB/default.html), o único instituto superior de Liturgia que oferece suas aulas em espanhol – motivo pelo qual desperta grande interesse na América Latina.
Jaume González Padrós (Sabadell, 1960) é um sacerdote doutor em Liturgia (Pontifício Ateneu Sant'Alselmo) que afirma que, ainda que a Liturgia seja “terreno dos crentes”, também é uma magnífica oportunidade para evangelizar.
Padrós é membro do Centro de Pastoral Litúrgica de Barcelona e consultor da Comissão Episcopal de Liturgia da Conferência Episcopal Espanhola.
A primeira parte desta entrevista foi publicada ontem.
ZENIT: A liturgia parece um âmbito estritamente de interesse dos crentes. O senhor vê nela alguma dimensão de evangelização, de campo comum com os não católicos?
González Padrós: A liturgia, de fato, é um âmbito dos crentes. Ela tem a faculdade de iniciar na vida cristã, através dos sacramentos primeiros (Batismo, Confirmação, Eucaristia), e de renovar, nos já iniciados, a graça para que vivam sempre de Deus e em Deus. Então, é preciso pensar em uma tarefa de anúncio, de evangelização, que deve preceder, no tempo, a prática litúrgica. A confusão destas duas etapas se traduz em fracasso da ação pastoral e frustração na vivência litúrgica.
Não obstante, também é verdade que a liturgia possui uma grande força pedagógica e contém uma grande instrução. Quantas pessoas se sentiram interpeladas no fundo do seu coração, ao longo de uma celebração litúrgica bem realizada!
Outra coisa é o nível em que podemos participar juntos, durante as ações litúrgicas, católicos e membros de outras igrejas, comunidades ou congregações cristãs. No contexto da celebração da Palavra de Deus, sim é factível uma notável participação comum, mas infelizmente não podemos ir além. Fazer isso seria falsear a realidade, mostrando, na ação litúrgica, uma comunhão – na fé objetiva – fictícia.
E a liturgia não admite a ficção; exige sempre a verdade, no que se diz e no que se faz.
ZENIT: O que é a espiritualidade litúrgica à qual Joseph Ratzinger fazia referência antes de ser Papa?
González Padrós: O Papa Bento XVI teve sempre, como teólogo, uma grande estima pela liturgia. Ele a compreendeu a partir da fé, com profundidade doutrinal, e a conhece bem.
Precisamente por isso, por sua trajetória tão fecunda de estudo e pesquisa, pode viver espiritualmente da liturgia, fazendo dela não uma piedade particular, mas acolhendo-a como o que é, a piedade da Igreja, em seu sentido mais genuíno. É uma alegria intelectual muito grande tomar nas mãos qualquer um dos livros de Joseph Ratzinger e ler o que ele escreve sobre a liturgia e suas consequências para a espiritualidade do cristão.
Penso que suas reflexões estão na linha das páginas que lemos, com grande fruição espiritual, procedentes dos Padres da Igreja, aqueles pastores e teólogos dos primeiros séculos, do Oriente e do Ocidente, e que se caracterizam por sua referência imediata à Sagrada Escritura e pela compreensão mistérica dos ritos sacramentais.
ZENIT: Por que a liturgia se associa com severidade, formalidade, normativas?
González Padrós: Porque se tem dela um conhecimento tópico, meramente prático, periférico. Talvez também porque nunca se teve uma experiência celebrativa de qualidade. No entanto, é impossível confundir a liturgia com um código de normas ou uma espécie de protocolo sagrado, quando é compreendida e estudada a partir de dentro, no campo teológico e em sintonia com a grande tradição da Igreja, e quando é celebrada com a arte espiritual que exige.
Umas das coisas mais gratificantes para um professor de liturgia é quando, ao acabar um curso, alguns participantes lhe dizem que, durante esses dias, eles descobriram a liturgia; que até esse dia a concebiam como um conjunto de leis e ritos antiquados e que agora veem tudo de forma diferente, com sentido e perfume espiritual. Nesse dia, você vai para a cama satisfeito e dando muitas graças a Deus!
Eu sempre gostei do que li uma vez do cardeal Bevilacqua, grande amigo de Paulo VI: “A liturgia é agradecida; se você a trata bem, ela o recompensa muito”. Quanta razão ele tinha! Muitas vezes eu experimentei isso, tanto na sala de aula como na igreja!
(Miriam Díez i Bosch)

Permalink: http://www.zenit.org/article-28394?l=portuguese

quarta-feira, 6 de julho de 2011

“A liturgia não admite ficção: exige sempre a verdade” (1)

Fala novo diretor do Instituto Superior de Liturgia de Barcelona

BARCELONA, terça-feira, 5 de julho de 2011 (ZENIT.org) – É impossível confundir a liturgia com um código de normas ou uma espécie de protocolo sagrado, quando é compreendida e estudada a partir de dentro. Esta é a reflexão feita nesta entrevista pelo novo diretor do Instituto Superior de Liturgia de Barcelona (http://www.cpl.es/ISLB/default.html), o único instituto superior de Liturgia que oferece suas aulas em espanhol – motivo pelo qual desperta grande interesse na América Latina.
Jaume González Padrós (Sabadell, 1960) é um sacerdote doutor em Liturgia (Pontifício Ateneu Sant'Alselmo) que afirma que, ainda que a Liturgia seja “terreno dos crentes”, também é uma magnífica oportunidade para evangelizar.
Padrós é membro do Centro de Pastoral Litúrgica de Barcelona e consultor da Comissão Episcopal de Liturgia da Conferência Episcopal Espanhola.
ZENIT: Cada vez há mais latino-americanos que vêm a Barcelona para estudar Liturgia. O que este instituto tem que o torna tão atraente?
González Padrós: Não há dúvida de que o idioma influencia, dado que, no nosso instituto, temos toda a atividade docente em língua espanhola, e também a proximidade cultural das nações latino-americanas com a Espanha.
Mas, além disso, há outro fator e é a divulgação, ativa há muitos anos, das publicações do Centro de Pastoral Litúrgica de Barcelona nas igrejas da América, junto à presença de alguns dos membros e professores do instituto nestas terras, dando cursos, tanto a sacerdotes e pessoas da vida consagrada como a leigos.
Há outro elemento que influencia: o enfoque pastoral que, nas nossas aulas, damos aos estudos de teologia litúrgica. Tentamos fazer uma tradução eficaz ao momento celebrativo de todos os princípios teológicos e espirituais, assim como do conhecimento histórico dos livros litúrgicos e de suas implicações jurídicas.
Muitos dos nossos alunos – a maioria – são pastores da Igreja, presbíteros, e seu ministério não está orientado somente à docência e à pesquisa: também a guia de comunidades concretas faz parte da sua missão. Por isso, agradecem tanto que tudo o que é estudado seja trabalho em relação com a práxis celebrativa.
Tudo isso faz que, da América Latina, o Instituto Litúrgico de Barcelona seja visto como uma referência próxima. E, para nós, professores, os estudantes daquelas latitudes são vistos e sentidos como muito próximos das nossas expectativas e do nosso trabalho.
ZENIT: Como o instituto enfrenta a reforma litúrgica conciliar e a aplicação do motu proprio do Papa sobre a questão?
González Padrós: O Concílio Vaticano II enfrentou a reforma litúrgica para “fomentar a vida cristã entre os fiéis, adaptar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições suscetíveis de mudança, promover tudo o que pode ajudar à união de todos os crentes em Cristo e fortalecer o que pode contribuir para chamar a todos ao seio da Igreja” (Constituição Sacrosanctum Concilium, n. 1).
Ou seja, o Concílio quis uma reforma e um fomento da liturgia, ou melhor, uma reforma da liturgia para promover seu fomento, consciente de que ela – a liturgia – é o sujeito mais eficaz para uma verdadeira renovação das mentalidades, segundo o Evangelho, e o estímulo de graça necessário para uma vida cristã verdadeira, como nos recordou recentemente o Santo Padre.
Mas a tarefa proposta não tinha nada de fácil, de tal maneira que os próprios padres conciliares declararam que tudo isso não seria possível sem uma adequada educação, começando pelos pastores de almas, que devem ser os professores de todo o povo de Deus. Eis aqui onde aparece a necessidade de centros especializados no estudo da Liturgia a partir de parâmetros autenticamente teológicos, com seriedade e profundidade. Nosso instituto tem sua razão de ser aqui.
É a tradução histórica dessa vontade da Igreja, movida pelo Espírito Santo, de dar a todos os batizados a oportunidade de entrar em comunhão de vida com a Santa Trindade de Deus.
Por isso, o desafio é constante para nós, professores de Liturgia. E mais ainda: com o passar dos anos, o acontecimento conciliar vai ficando longe das novas gerações, que não só não viveram o antes, mas nem sequer o durante e o pós-concílio mais imediato, com suas luzes e sombras. Para elas, o Vaticano II é algo distante, do qual devem se aproximar acompanhadas de alguém que o conheça bem, dado que continua afetando a vida das Igrejas particulares. Essa companhia somos nós, os docentes. E por isso digo que a tarefa é de enorme responsabilidade; podemos mostrar-lhes toda a beleza teológica e espiritual da reforma litúrgica ou, se não formos competentes e rigorosos em conteúdo e método, podemos mal educar e desviar do centro de compreensão.
Por isso, um professor de liturgia deve, cada dia, invocar o auxílio do Senhor sobre sua tarefa, suplicando a luz do Espírito e seus dons.
Sobre o motu proprio Summorum Pontificum, do Papa Bento XVI, sobre o uso atual dos livros litúrgicos vigentes até 1962, às portas do Vaticano II, escreveu-se e discutiu-se muito. No último dia 13 de maio, a Santa Sé publicou, ao respeito, a instrução Universae Ecclesiae, para regular com precisão o que foi expressado no citado documento papal.
Estamos obrigados a uma leitura atenta destes textos, para não gerar confusão sobre esta liberação do uso dos livros anteriores à reforma conciliar, constituídos como “forma extraordinária” do Rito Romano.
Mais uma vez, também aqui, todos – estudantes, professores, pastores – devem fazer um esforço para não cair no subjetivismo e compreender a vontade do Papa em seu sentido mais concreto, visando ao bem maior da comunhão eclesial e da estreita unidade entre a lei da oração e a lei da fé, entre o que se reza e o que se crê.
[A segunda parte desta entrevista será publicada amanhã]

Permalink: http://www.zenit.org/article-28387?l=portuguese

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Católicos podem manifestar-se contra o desrespeito à fé realizado na parada gay em São Paulo



SÃO PAULO, 30 Jun. 11 / 07:25 pm (ACI)

Um grupo de leigos católicos no Brasil defendeu o direito que lhes corresponde para protestar contra as ofensas e o vilipêndio de imagens e símbolos sagrados por parte de homossexuais na última parada gay em São Paulo, pois atentou contra o Artigo 208 do Código Penal Brasileiro que considera um crime vilipendiar publicamente um ato ou objeto de culto religioso.

Segundo os editores do site, “o que houve na Avenida Paulista durante a "Parada LGBT" foi um ataque, um deboche e vilipêndio do ensinamento moral da Igreja, que considera - sendo fiel à Revelação - os atos homossexuais intrinsecamente maus”.

O evento, explicam os organizadores da página votocatólico, teve como tema um versículo do Evangelho de São João manipulado - "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!" - colocou 170 cartazes em postes ao longo da avenida Paulista, com modelos masculinos representando santos católicos como se fossem homossexuais, seminus e em posturas eróticas, ao lado das mensagens: "Nem santo te protege" e "Use camisinha".

Para o Doutor Valmor Bolan, perito em Sociologia e conselheiro da Organização Universitária Interamericana (OUI-IOHE ) no Brasil e membro da Comissão Ministerial do Prouni (CONAP), “O fato mais chocante da parada gay deste ano, foi a forma como se apropriaram de uma frase (fora de contexto) do Evangelho, para insinuar que o amor proposto por Jesus seria também gay. E ainda mais usando imagens sagradas de santos católicos para ainda fazer as pessoas concluírem que tais santos eram  gays. Tudo isso pode se resumir numa palavra pouco mencionada hoje em dia, mas tratou-se de um sacrilégio”.

Depois de afirmar que o fato foi uma clara provocação e um desrespeito à Igreja e às práticas religiosas milhões de brasileiros, considerando estas manifestações como “um ataque, deboche e vilipêndio do ensinamento moral da Igreja, os organizadores da iniciativa laical votocatólico recordam que o artigo 208 do código pena considera como crime "escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. Pena – detenção de um mês a um ano, ou multa".

“O fato se torna ainda mais grave pelo fato de a Parada receber financiamento público, especialmente dos Ministérios da Cultura e da Saúde, da Petrobrás, da Caixa Econômica Federal e da Prefeitura de São Paulo. Consideramos que se este episódio passar despercebido, outros mais graves virão”, denunciaram.

Assim, o site católico lança o seguinte convite:
“Se você sentiu-se ofendido e agredido na sua fé com os cartazes desrespeitosos à fé católica na "Parada LGBT", convidamos a queixar-se com as entidades governamentais que financiaram o evento (clique aqui), manifestar sua inconformidade com as empresas patrocinadoras do evento (clique aqui) e entrar em contato com as procuradorias regionais dos direitos dos cidadãos (clique aqui).

Para ver o artigo completo do Dr. Valmor Bolan e manifestar-se contra o desrespeito à fé ocorrido na parada gay, visite:
http://www.votocatolico.com.br/