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Pensamento do dia


"Como um viajante que erra o caminho e, assim que se apercebe, rapidamente retorna à estrada correta, assim também você continue a meditar sem se fixar nas distrações." (São Pio de Pietrelcina)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Professor Felipe Aquino fala da tragédia dos EUA


Mais uma vez, acontece o mesmo tipo de tragédia nos Estados Unidos da América: Adam Lanza, um jovem desequilibrado, de 20 anos, matou cerca de vinte crianças e pelo menos seis adultos numa escola primária do Estado norte-americano do Connecticut, colégio Sandy Hook.
Diante de um fato como esse, muitas pessoas se desesperam e outras querem culpar Deus por tal fato. Como Ele pode permitir isso? Ora, Ele não tem culpa alguma disso, pois quer a paz, o amor, a verdade, a justiça e a liberdade. Esse é o Reino d’Ele. A culpa é do homem que se deixa guiar por filosofias e ideologias erradas e se afasta do Senhor e de Suas leis.
Deus nos fez belos, criados à Sua “imagem e semelhança” (Gn 1,26), por isso temos inteligência, liberdade, vontade, memória, consciência, etc., que os animais não têm. Eles não sabem o que fazem, mas nós sabemos. Com esses atributos, podemos dirigir este mundo na paz, no amor e na harmonia seguindo as leis do Senhor.
O salmista diz: “Os céus são céus do Senhor, mas a terra, ele a deu aos filhos de Adão” (Sl 113,24 ou 115,24). Isso quer dizer que Deus confiou e confia no homem e entregou o governo da Terra em suas mãos com as leis da criação. Com as faculdades intelectivas e espirituais, o homem pode e deve cuidar bem da humanidade e da Terra.
Cabe aos sociólogos, psicólogos e psiquiatras levantar as causas profundas da tragédia americana; mas algumas razões nos saltam à vista. Trata-se de uma família ferida, na qual não aparece a figura do pai. A mãe é divorciada; a educação dos dois filhos foi falha; a carência deles é notória. O rapaz era isolado e vivia sem amigos. Ora, isso não é normal para um jovem.
A mãe do assassino, Nancy Lanza, foi assassinada pelo próprio filho Adam. Era uma mulher sem orientação cristã, angustiada com a situação do mundo e com a crise financeira do país; imaginando uma catástrofe em breve. Isso a levou a ensinar os filhos Adam e Ryan Lanza a atirar, como se isso fosse um meio de se defenderem do imaginário caos social à frente. Certamente, outras ideias erradas foram passadas a esses filhos, criando neles também o medo, o pânico e a revolta.
Fico até imaginando se esse rapaz não poderia achar que matando essas crianças as estaria livrando de um mundo cruel à frente.
O jornal “Daily Mail” noticiou que os amigos e vizinhos de Nancy disseram que ela acreditava que o mundo estaria à beira de um colapso e temia perder o filho. Nancy fazia parte de um movimento chamado de “prepper”, o qual acredita que as pessoas devem se preparar para o caos social. É o perigo disseminado pelas seitas de todos os tipos. Ela estaria estocando comida, água e armas dentro de casa.
Marsha, ex-cunhada de Nancy, disse que ela protegia as armas que tinha em casa. Havia cinco armas registradas em seu nome. Três foram levadas pelo filho para o massacre no colégio Sandy Hook e uma quarta foi encontrada no carro que ele usou.
Certamente, tratava-se de uma mãe amedrontada, desorientada e que não sabia educar os filhos. O fato de ter sido assassinada pelo próprio Adam mostra que a relação entre mãe e filho devia ser difícil.
É preciso também perguntar se a mídia, que dissemina ideias amedrontadoras de “fim do mundo”, como o tal “21/12″ e outras bobagens sem a menor base científica e religiosa, perturbando as pessoas emocionalmente instáveis e com tendências a psicopatia, não têm culpa nisso também. Recebo e-mails de pessoas amedrontadas achando que o mundo vai acabar mesmo; é um verdadeiro “terrorismo espiritual” motivado por razões até mercadológicas.
Tudo isso mostra a falta de uma família bem estruturada, religiosa, guiada pela lei de Deus. Nela há paz, harmonia, amor aos filhos e aos pais, cultivo das virtudes, educação sadia, superação dos problemas.
Mais do que nunca, esses terríveis acontecimentos nos alertam para a necessidade de fortalecermos a família segundo o coração do Senhor, no qual o pai e a mãe educam seus filhos na fé e no amor a Deus.
Na sua ‘Mensagem de Paz’, do dia 1º de janeiro de 2013, o Papa destacou, mais uma vez, a importância da verdadeira família:

“Também a estrutura natural do matrimônio, como união entre um homem e uma mulher, deve ser reconhecida e promovida contra as tentativas de a tornar, juridicamente, equivalente a formas radicalmente diversas de união que, na realidade, a prejudicam e contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu caráter peculiar e a sua insubstituível função social”.

Professor Felipe Aquino@PFelipeAquino

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O sexto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus
Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti

 
CURITIBA, terça-feira, 4 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - O sexto Mandamento da Lei de Deus, “não cometerás adultério” (Êxodo 20, 14). Lembremos que este enfatiza também a pureza, ou seja, a vida em castidade. A luxúria, um dos Sete Pecados Capitais, é uma das ofensas a esta Lei. Falo do desejo desregrado do prazer venéreo, ou seja, quando o prazer sexual é pelo próprio e único sentido do prazer, sem qualquer outra finalidade.

A castidade também é ofendida através da pornografia, sejam nos filmes ou no meretrício. Significa e consiste em retirar os atos sexuais e exibi-los de maneira deliberada. É um erro, porque desfigura o ato conjugal, o momento de doação, de entrega e fere a dignidade da pessoa.

Lembremos que Cristo condena o adultério, assim como os profetas. O adultério é uma injustiça, uma falta grave com os compromissos e fere o sinal da aliança, que é o vinculo do matrimônio.

O adúltero lesa, fere e denigre a imagem do cônjuge. Quando uma mulher trai, ela fere a dignidade do marido. Da mesma forma, quando o esposo trai, ele desfigura a esposa. São atitudes irreparáveis, porque prejudicam e quebram a aliança. É uma violência que se comete entre duas pessoas que se supunham “ser uma só carne”.

O adultério tem uma consequência gravíssima na vida pessoal, porque ela se divide. Divide seu coração, seu afeto e quase sempre um coração dividido no amor, divide no trabalho, nas relações e acaba em nada.

O adultério machuca profundamente os filhos e destrói a base da confiança familiar. Há quem diga: o que os olhos não veem o coração não sente. Sente! Sente quem foi traído e o que é pior: marca com uma “cicatriz” para sempre no coração dos filhos.
Nos dias de hoje, com os divórcios permitidos pela sociedade, mesmo não sendo o ideal da vida de um casal, o que percebo é que existem dois erros. O primeiro é achar que estando no segundo matrimônio, o casal já estaria excomungado e exposto ao inferno. Sendo assim, levam do jeito que der, mesmo pelo fato de não poderem confessar e comungar, ou seja, se der certo está bom, se não der, tudo bem.

Lembremos que as pessoas que não tiveram felicidade no primeiro casamento, não se encontrarão no segundo, no terceiro, no quarto ou no quinto se levarem uma vida sem seriedade e, infelizmente, tenho visto isto com muita frequência.

O segundo pensamento: tudo é permitido, tudo está certo, ou seja, a misericórdia de Deus cobre tudo. Tanto um como outro são equivocados. Duas visões que são erradas. Se não deu certo no primeiro, se esforce no segundo. Lembrem-se: fidelidade e respeito sempre. Caso contrário, passarão uma vida inteira sem se encontrar na vida afetiva e emocional.

Por isso, falo também para aqueles que estão no segundo casamento: procurem ter uma vida na presença de Deus. Não se afaste da presença de Deus. Lembremos que a reta conduta e a caridade cobrem uma multidão de pecados.

Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – obra que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos por milhares de emissoras do país e exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br.

 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!, disse Santo Agostinho

Antes de tudo é preciso explicar que a palavra mistério não quer dizer algo que seja impossível de existir ou de acontecer; mistério é apenas algo que a nossa inteligência não compreende. Se você, por exemplo, não é físico, a teoria da relatividade de Einstein é um mistério para você, mas não é para os físicos. Se você não é biólogo a complexidade da célula, dos cromossomos e dos gens pode ser um mistério, mas não é para aquele que estudou tudo isso.
Ora, Deus é um Mistério para todos nós, porque a Sua grandeza infinita não cabe na nossa inteligência limitada de criatura. Se entendesse Deus, este não seria o verdadeiro Deus. O Criador não pode ser plenamente entendido pela criatura; isto é lógico, é normal e é correto. Depois de tentar de muitos modos desvendarem o Mistério da Santíssima Trindade, Santo Agostinho (†430) abdicou: ‘Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!” A criatura adora o seu Criador, mesmo sem o compreender perfeitamente. O pecado dos demônios foi não querer adorar a Deus seu Criador; quiseram ser deuses. O Mistério da Santíssima trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode-se dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Jesus sobretudo quem revelou o Pai, Ele como Deus, e o Espírito Santo; isto não foi invenção da Igreja. A verdade revelada da Santíssima Trindade está nas origens da fé viva da Igreja, principalmente através do Batismo. “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já pronunciavam os Apóstolos. Deus é o Infinito de todas as potencialidades que possamos imaginar. Ele é Incriado; não foi feito por ninguém, não teve principio e não terá fim; isto é, é Eterno. A criatura não é eterna, pois um dia ela começou a existir; não era, e passou a ser, porque o Incriado a criou num ato de liberdade plena e de amor. O fato de você existir já é uma grande prova do amor de Deus por você; Ele quis que você existisse e o criou.
 
Deus é espírito (Jo 4, 24) não é feito de matéria criada, pois foi ele quem criou toda matéria que existe fora do nada; logo não poderia ter sido feito de matéria. Muitos têm dificuldade de entender a existência de um ser não carnal, espiritual, como os Anjos, Deus e a nossa alma; mas eles existem de fato. Ora, você não vê a onda eletromagnética que leva o sinal do rádio e da tv, mas você não duvida de que ela exista. Da mesma forma você não pode ver os anjos e a alma, mas eles existem. Deus é Perfeitíssimo; Nele não há sombra de defeito ou de erro; Ele não pode se enganar e não pode enganar ninguém; não pode fazer o mal. Ninguém pode acusar Deus de fazer o mal; Ele só pode fazer o bem. Ele pode “permitir” que o mal nos atinja para a nossa correção (Hb 12, 4ss) e mudança de vida; mas Ele nunca pode criar o mal e nos mandar o mal. O mal vem da nossa imperfeição como criatura e do nosso pecado (Rm 6,23). Deus é Onipotente (Gn 17,1; 28,3; 35,11; 43,14; Ex 6,3; Ap 1,8; 4,8; 11,17; 16,14; 21,22); pode tudo; nada lhe é impossível. “A Deus nada é impossível” (Lc 1, 37) disse o Arcanjo Gabriel a Maria na Anunciação. Não há alguma coisa que você possa imaginar que Deus não possa fazer simplesmente com o seu querer. Basta um pensamento Seu, uma Palavra, e tudo será feito porque Ele tem poder Infinito. Por isso só Deus pode criar, só Ele pode “tirar algo do nada”; só Ele pode chamar à existência um ser que não existia; a partir do nada. Para fazer um bolo a cozinheira precisa da matéria prima; Deus não precisa. A cozinheira “faz” o bolo, Deus “cria” a partir do nada. Deus é Onisciente; quer dizer sabe tudo; ninguém consegue esconder nada de Deus; Ele tudo vê. Deus é Onipresente (Sl 139,7; Sb 1,7; Eclo 16,17-18; Jr 23,24; Am 9,2-3; Ef 1,23); está em toda parte, porque é puro espírito. Diz o Salmista: “Senhor, Vós me perscrutais e me conheceis. Sabeis tudo de mim, quando me sento e me levanto… Para onde irei longe de teu Espírito? Para onde fugirei apartado de tua face? Se subir até os céus, Vós estais ali, se descer para o abismo eu Vos encontro lá.” (Sl 138,1-7) E Deus é muito mais; Deus é nosso Pai amoroso com ensinou Jesus. É Amor (1Jo 4,8.) É fonte de vida e santidade (Rm 6,23; Gl 6,8; Ef 1,4-5; 1Ts 4,3; 2Ts 2,13-17). É ilimitado ( 1Rs 8,27; Jr 23,24; At 7,48-49). É misericordioso (Ex 34,6; 2Cr 30,9; Sl 25,6; 51;1; Is 63,7; Lc 6,36; Rm 11,32; Ef 2,4; Tg 5,11). É o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis (Gn 1,1; Jó 26,13; Sl 33,6; 148,5; Pv 8,22-31; Eclo 24,8; 2Mc 7,28; Jo 1,3; Cl 1,16; Hb 11,3). É o Juiz do universo (1Sm 2,10; 1Cr 16,33; Ez 18,30; Mt 16,27; At 17,31; Rm 2,16; 2Tm 4,1; 1Pd 4,5). Deus é uno (Dt 32,39; Is 43,10; 44,6-8; Os 13,4; Ml 2,10; 1Cor 8,6; Ef 4,6); não pode haver mais de um Deus simplesmente pelo fato de que se houvesse dois deuses, um deles seria inferior ao outro; e Deus não pode ser inferior a nada; Ele é absoluto. A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial”, ensinou o II Concílio de Constantinopla em 431 (DS 421 ). As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Concílio de Toledo, em 675, DS 530).
 
“Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804). “Deus é único, mas não solitário” disse o Papa Dâmaso (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). A Unidade divina é Trina.“Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331). O Símbolo Quicunque de Santo Atanásio assim explicava: “A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual à glória, co-eterna a majestade”(DS 75). A Santíssima Trindade e inseparável naquilo que são, e da mesma forma o são naquilo que fazem. Mas na única operação divina cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo. Pela graça do Batismo “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, mesmo na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna. Esta é a nossa magnífica vocação.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!
 
Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Não aceite a normalização do pecado

Padre Reginaldo Manzotti
Foto: Wesley Almeida/CN

Eu gostaria de falar sobre a força que Deus nos dá nesta vida, na nossa caminhada. O que Deus mais deseja é que sejamos pessoas cada vez mais humanas e felizes. Nós vivemos, hoje, uma enfermidade coletiva. Estamos doentes por causa de alguns 'vírus' e vamos contagiando os outros: o 'vírus' da solidão, de desesperança, do desânimo, da depressão. Vivemos também o contágio da normalização do pecado. Deus nos fez para sermos livres, para sermos sadio, mas estamos nos contentando com a situação de enfermos.

“Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais aos seus apetites. Nem ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos do mal. Oferecei-vos a Deus, como vivos, salvos da morte, para que os vossos membros sejam instrumentos do bem ao seu serviço. O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a lei, e sim sob a graça” (Rom 6,12-14).

Eu recebo muitas perguntas como "Padre, isto é pecado?" As pessoas só querem saber o que é ou não pecado, mas o que elas precisam é ter consciência da escravidão das paixões. Paixão pelo poder, pelo dinheiro etc. Falamos tanto e ficamos escandalizados com relação à prostituição, mas nos prostituímos com poucas coisas, somos escravos de coisas muito menores.

"Não aceite a normalização do pecado", diz padre Reginaldo.
Foto: Wesley Almeida/CN

O homem vive uma constante luta contra o pecado. Nossa vida é luta desde o momento que acordamos até quando vamos dormir. Jesus não foi tentado apenas no deserto, mas constantemente. A palavra diz que quando Ele venceu a tentação no deserto, o demônio partiu “até uma outra oportunidade”.

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O demônio é sutil, ele se disfarça na beleza, na paixão para nos seduzir. O pecado se mascara de algo bom, porque, se ele fosse mostrar a verdadeira face, você não cairia nele. Nós estamos vivendo na lei da normalidade, tolerantes com as imundícies no mundo. Ficamos resistentes à graça e aceitando as anormalidade do mundo.

Nós estamos vendo, por exemplo, a onda de violência nos estados e ficando acomodados. Não adianta colocar a polícia para repreender, pois a violência tem gerado mais violência. Qual o problema? O problema destes atos bárbaros da sociedade está na família. Recupere a família e o seu papel na sociedade, e as coisas vão ficar bem.

A maior força do inimigo é, justamente, nos introduzir na lei da normalidade. O que você foi assimilando na sua vida que pertence aos pagãos? Nós sabemos que o mundo paganizou as datas cristãs. A Páscoa foi paganizada com o coelho da Páscoa, o chocolate. O Natal foi paganizado com o Papai Noel. O dia de Nossa Senhora Aparecida foi paganizado com o Dia das Crianças. Nada contra as crianças, nada contra o Papai Noel, mas estamos falando do mundo paganizado que entrou em nós e hoje aceitamos todo este consumismo como normal.

Nós não devemos temer a queda de número de católicos no país. O passo que devemos dar, no nosso país, é sairmos da condição de simpatizantes de Jesus para discípulos d'Ele. Neste Ano da Fé não há espaço para os simpatizantes.

Transcrição e adaptação: Daniel Machado

FONTE: http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2760&pre=7717&tit=N%E3o%20aceite%20a%20normaliza%E7%E3o%20do%20pecado

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lojinha Linha D



A Loja virtual do Linha D surge como forma de facilitar a aquisição dos produtos necessários para evangelização da juventude na Diocese de Novo Hamburgo. Já que somente em encontros diocesanos era possível a disponibilização para venda, reduzindo a possibilidade de instrumentalizar os jovens, resolve-se expandir a presença destes produtos.

Clique no link abaixo e acesse a loja:
http://linhad.com.br/?page_id=60

O dom da amizade

Muitas amizades terminam, porque nunca começaram de verdade

Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro 'O Pequeno Príncipe', escreve: "Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo". Muitas vezes, vivemos em meio a multidões e nos sentimos sozinhos. Falta-nos a presença de um amigo que ouça nossas dores e cure, com o bálsamo das palavras de conforto, as feridas de nossa alma. Amigo verdadeiro sabe cuidar do outro sem deixar de cuidar de si mesmo. Somente quem descobriu, na vida, uma verdadeira amizade saberá valorizar este dom tão precioso e valioso quanto um diamante.

A melhor definição do que seja amizade encontramos nas Sagradas Escrituras: "Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante" (Eclo 6,14ss). As verdadeiras amizades são tão preciosas que são comparadas pelo Autor Sagrado como um tesouro. Algo valioso que, uma vez encontrado, deve ser cuidado e valorizado.

Amigos nascem de muitas semelhanças, mas também de diferenças. Na escola da vida aprendemos a reconhecer um amigo pela presença silenciosa nos momentos de dor. Amigo verdadeiro sabe se alegrar com as nossas conquistas. Amizade que cultiva a inveja perde o seu sentido e sufoca a raiz do amor gratuito que fortalece a árvore da partilha que cultivamos.

Amizade verdadeira constrói pontes e derruba os muros que separam e dividem. Um amigo de verdade sabe caminhar conosco nas noites sem as estrelas da esperança, e nos guia com a luz do seu amor pelo caminho do bem e da verdade. Amigo sincero fala-nos com carinho, mas não deixa de nos dizer a verdade, mesmo que, muitas vezes, não estejamos dispostos a ouvir.
Amigo verdadeiro sabe respeitar o nosso tempo e não nos sufoca com seu excesso de proteção. Ele sabe que estar longe e tão importante quanto estar perto. Ele nos compreende quando preferimos o silêncio das reflexões ao barulho das palavras sem sentido.

Uma amizade madura nasce no tempo e se cultiva por toda a vida. No tesouro da vida, a amizade deve ser cuidada com carinho e ternura. Quem descuida de um amigo abandona um tesouro valioso e deixa de lado um pouco de si mesmo que foi guardado no coração da outra pessoa. A melhor maneira de valorizarmos uma amizade é ser presença e não ser inconveniente.

Muitas amizades terminam, porque nunca começaram de verdade. São relações interpessoais cultivadas de maneira superficial. Amizade que tem sua base no amor conhece a história do outro e, por isso mesmo, sabe ser misericordioso com quem nos confia partes de sua vida em retalhos de lágrimas e sorrisos.

Jesus confiou tão verdadeiramente em Seus discípulos que não os chamava mais de servidores, mas sim de amigos: “Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai” (cf. Jo 15,15). A vida e a missão de Jesus não eram segredos para aqueles que conviviam com Ele diariamente. Jesus sabia que somente aqueles que acolhem a vida do outro na sua própria vida são amigos verdadeiros. O amor de Jesus por cada amigo foi tão grande que a Sua vida já não seria mais Sua, mas continuaria para sempre viva no coração de cada um daqueles que o seguiam, e, no paraíso, esta vida doada e partilhada seria contemplada em um abraço amigo que iria durar toda uma eternidade.

Fonte: Canção Nova
Dica de: Fabiana dos Santos

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Uma ministra entre nós!


Investidura Ministros - 2012É com grande alegria que o EJU anuncia: “temos uma nova ministra entre nós”. Neste domingo, dia 26 de agosto, ocorreu na Catedral São Luiz Gonzaga em Novo Hamburgo a Missa de Envio dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.
Nesta ocasião, nossa amiga e companheira de movimento jovem, Cárin Nascimento, foi investida ministra extraordinária da Igreja. Agora lhe cabem novas atribuições como cristã, dentre elas a distribuição da comunhão na missa e fora dela (ou seja, entrega da comunhão aos doentes ou outras pessoas que, pela impossibilidade, a solicitem) e exposição do Corpo de Cristo para adoração, pelos fiéis. Porém vale lembrar que estas funções devem ser realizadas em caso de necessidade, isto é, quando não houver ministros ordenados disponíveis ou em número suficiente.
Em uma conversa informal com a jovem, ela me disse que as pessoas normalmente enxergam os ministros sendo pessoas mais velhas. No entanto, ao longo da preparação para esta ordenação, todos os padres explicavam a necessidade de termos jovens atuando na Igreja em todos os campos – até mesmo nestes onde há uma visão distorcida nas comunidades.
Durante o agradecimento do novo grupo de ministros, eles utilizaram uma belíssima frase do padre Pio: “Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-la com o desejo e o engajamento de arrancar do próprio coração, tudo o que desagrada Aquele que queremos ter em nós”.
Concluindo, desejamos deixar um recado a nossa mais jovem ministra:
Cárin, querida, gostaríamos de lhe dar parabéns por este novo passo e dizermos que contamos contigo, agora mais do que nunca, como ministra. Obrigada por dar o seu sim a Deus e a Igreja de Cristo!
Créditos:
Fernanda Antunes (EJU)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O YOUCAT - presente há 1 ano no mundo dos jovens!


A juventude católica está em festa celebrando 1 ano em que foi presenteada pelo Santo Padre com o YOUCAT. Exatamente há um ano muitos de nós recebíamos em nossas mochilas – no kit peregrino da JMJ em Madrid – um livro cativante. Com ele a Igreja começava a trilhar um novo e bonito caminho para alcançar o “mundo dos jovens” em todos os sentidos.
O jovem em si mesmo gosta de tudo o que de certa maneira se aproxima do seu mundo. Quando falamos dessa proximidade, logo nos perguntamos: - E qual é o mundo do jovem hoje? Dentre tantos lugares, podemos dizer que hoje um universo em especial é o das redes e mídias sociais. A Igreja tem nos ensinado que a internet não é simplesmente um meio para falar sobre a fé, mas, sobretudo um lugar para comunicá-la.  E um jeito bonito que ela encontrou para fazer isso foi nos presenteando com o YOUCAT porque ele traz algumas características bem jovens e próprias do universo cibernético como: a sua estrutura de perguntas e respostas, o uso de imagens, pequenas reflexões e os textos complementares.
O maior legado que uma Jornada Mundial da Juventude pode nos deixar é o desejo de tornar o nome e o Rosto de Jesus de Nazaré mais amado e conhecido. O YOUCAT que nos foi dado na última JMJ veio para dar força a esse legado. Tenho percebido que desde que fomos presenteados, a cada contato que os jovens têm com esse Catecismo se cumpre o que o Santo Padre nos diz no prefácio, de “que este livro é cativante, porque fala do nosso próprio destino, pelo que está profundamente próximo de cada um de nós”. Porque nos cativou queremos que ele seja conhecido e usado por outros.
Aqui me recordo da conversa de Jesus com aquela jovem samaritana. Que maravilha, aquele encontro de Amor. Dele nasceu um propósito, uma missão. Aconteceu ali o abraço da tarefa com o dom ofertado. “Vinde ver um homem que me disse quem eu sou. Seria Ele o Cristo?” (Jo 4, 29). Como aquela jovem, os jovens de hoje depois que conhecem o YOUCAT se sentem motivados a sair de si e ir ao encontro de outros, lhes convidando a conhecerem Àquele que é capaz de apaziguar a nossa sede: Jesus de Nazaré! E o canal desse convite tem sido inegavelmente as redes e mídias sociais, como o próprio Santo Padre nos sugeriu.
Neste sentido é fascinante a resposta frutuosa que tem sido dada por nossos jovens. Realmente, o desejo do Santo Padre de partilhamos na internet tem sido cada vez mais crescente em nosso meio. Por meio dela cada um tem buscado participar e se envolver. Essa resposta tem se tornado de fato uma rede de interação e diálogo sobre a nossa fé.  E o bonito é perceber que essa semeadura no campo virtual, não tem sido infértil, ao contrário, posso atestar que realmente os frutos gerados têm sido a formação de grupos de estudo em paróquias, comunidades, escolas, universidades, nos diversos ambientes e segmentos jovens, revelando desta forma que realmente os “jovens não são tão superficiais como se diz deles. Eles querem saber o que é realmente a vida”, como concluiu o nosso Papa Bento XVI.

Seu irmão,
Jerônimo Lauricio
Colaborador do Projeto Catecismo Jovem

AIS lança campanha para doar meio milhão de Youcat`s a jovens brasileiros

SÃO PAULO, 16 Ago. 12 / 10:02 pm (ACI). - Com o fim de ajudar os jovens brasileiros a aprofundarem o conhecimento da fé, faltando pouco menos de um ano de preparação para a próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) no Brasil lançou a campanha “Meio Milhão de Catecismos para os Jovens”. Esta iniciativa tem por finalidade a publicação de 500 mil exemplares da edição brasileira do YOUCAT, um catecismo elaborado especialmente para a juventude com prefácio escrito por Bento XVI, e a sua distribuição gratuita para jovens de todo o país por meio do Episcopado brasileiro.

Desde 1997, a AIS conta com uma sede no Brasil, onde tem escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro. Anualmente esta associação católica apoia financeiramente cerca de 500 projetos de caráter solidário e pastoral no país, como por exemplo a Fazenda da Esperança, que é um dos programas mais eficazes de recuperação de jovens que caíram no vício das drogas ou do álcool.

Em diálogo com a ACI Digital, o diretor da AIS no Brasil, o Sr. José Lúcio Corrêa, explicou como surgiu a iniciativa de doar os Youcat`s por ocasião da JMJ Rio 2013: “A AIS decidiu iniciar esta campanha para doar meio milhão de catecismos YouCat para jovens porque são muitos os jovens brasileiros que não teriam meios de adquirir um livro como este, que nas livrarias custa cerca de R$ 30,00. E, da nossa parte, desejamos que o maior número possível de jovens brasileiros tenha este livro que os trará mais perto de Deus, ao responder suas principais perguntas sobre a fé”.

Segundo a informação da AIS Brasil, por conta de direitos autorais e outros impostos, a edição no Brasil tornou a obra um tanto cara. Assim, a Fundação elaborou um exemplar mais barato, sem capa dura. Porém, para a realização deste projeto de evangelização da juventude serão necessários dois milhões de Reais; um capital, que, até o momento, a AIS não possui.

“A história da AIS é assim. Aprovamos os projetos sem ter nada. Temos confiança de que, como é uma obra de Deus, Ele irá abençoar e vai tocar a alma das pessoas que vão ver a importância de contribuir”, disse José Lúcio Corrêa.

Segundo a informação oferecida pela Associação, a campanha “só termina quando todo o dinheiro for arrecadado”. Espera-se que os YOUCAT`s comecem a ser enviados a algumas dioceses brasileiras a partir do final de setembro.

“Gostaria que as pessoas tomassem consciência de que estão dando aos jovens o melhor presente que alguém pode lhes dar: a Fé. Além disso, gostaria que todos sensibilizassem outras pessoas. Que esta iniciativa de ajudar os jovens não fique somente em si. O bem é comunicativo. Que a pessoa que recebeu esta graça passe para frente”, expressou o Sr. José Corrêa.

“A AIS espera que a generosidade do povo brasileiro não falhará, pois trata-se de uma campanha importantíssima que visa aproximar os jovens de Deus. Hoje, e cada vez mais, há muitos jovens desorientados, que caem no mundo das drogas, da violência, que não veem sentido algum em suas vidas. Este precioso livro vai responder às suas perguntas básicas sobre a fé. Por isso convocamos os fiéis a realizarem uma doação para que possamos entregar ao maior número possível de jovens este catecismo fantástico”, afirmou o diretor da AIS Brasil a ACI Digital.

Para apoiar a campanha “Meio Milhão de Catecismos para os Jovens” é possível fazer doações através da internet, tornando-se benfeitor ou realizando uma doação on-line, ou ainda pelo 0800 77 099 27 (ligação gratuita).

Para mais informações, visite também o site da AIS Brasil em:
http://www.ais.org.br/info/projetos/item/392-meio-milhao-de-catecismos-para-os-jovens

Semana Nacional da Família

BRASILIA, 14 Ago. 12 / 04:15 pm (ACI).- Neste domingo, 12 de agosto teve início a Semana Nacional da Família 2012, organizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. O evento busca celebrar e promover o dom precioso da família, “patrimônio da humanidade” e  seguindo o VII Encontro Mundial das Famílias, em Milão, o tema da Semana Nacional da Família é: 'A Família: o trabalho e a festa.' Para falar mais amplamente da iniciativa o Pe. Waldimir Porreca, perito membro da comissão para a Vida e a Família da CNBB concedeu a ACI Digital um entrevista exclusiva.

O Dr. Pe. Wladimir Porreca, sacerdote da Diocese de São João da Boa Vista e doutor em Psicologia (pela USP) e em Serviço Social (pela UNESP), afirmou a ACI Digital que o intuito da Semana Nacional da Vida, celebrada em todas as dioceses brasileiras entre os dias 12 e 19 de agosto é “proporcionar para todos os filhos da Igreja um espaço especial na vida da Igreja para celebrar a vida familiar”, e também “promover o valor da família como um bem para a pessoa humana e para toda a sociedade”.

Sobre a escolha do tema, que segue o tema escolhido pelo Papa para o Encontro Mundial das famílias realizado este ano em Milão, Pe. Waldimir afirmou: “Seguindo as pegadas de Pedro, hoje com o rosto de Bento XVI, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF), acolheu com entusiasmo e prontidão o pedido do Santo Padre em refletirmos e, criativamente, construirmos propostas: 1º.)  para o equilíbrio harmonioso entre família, trabalho e festa, na construção de sociedades com um rosto humano, e ainda, 2º.) para que as famílias sejam educadas  para crer, em primeiro lugar na família, no amor autêntico: o amor que vem de Deus e nos une a Ele”.

“E também, como é costume organizar os eventos da Pastoral Familiar a partir dos ensinamentos do Santo Padre (em especial dos Encontros Mundiais das Famílias), a CEPVF  motivou que a Semana Nacional da Família 2012 tivesse como  tema: A Família: o trabalho e a festa”, completou.

Falando da situação da família na sociedade atual, o sacerdote assinalou que “entre os desafios, o mais urgente é colaborar para que a família seja vista, entendida, amada, promovida, valorizada como comunhão de pessoas, um homem e uma mulher que se amam e na fecundidade desse amor se abrem à vida, na sua geração e educação. E para atingirmos esse ideal é necessário dar uma atenção especial a tudo o que ameaça ou diminui a realidade saudável e de santificação da família como uma  comunhão de pessoas, em especial o individualismo e o relativismo”, sublinhou o sacerdote.

“O individualismo porque tira o dom que qualifica o humano como humano, a relação humana com um outro;  e assim gera um caos na família, uma doença  que fere  a dignidade humana através do  egoísmo, o hedonismo e o consumismo. E o relativismo que “democratiza” a verdade e fragmenta as relações humanas gerando o pluralismo familiar com base unicamente nos afetos e nas satisfações momentâneas”, explicou o perito.

“O ponto alto da Semana são as Celebrações Eucarísticas celebradas nas intenções e com as famílias, um momento de céu na terra, e também,  os momentos de reflexão em pequenos ou grandes grupos comunitários”. Segundo o padre Porreca, estes momentos “possibilitam partilhas e experiências que solidificam as convicções nos valores evangélicos da família, motivando as práticas comunitárias na promoção da família por si mesma.

“Esperamos que a Semana Nacional da Família possa colaborar para promover, fortalecer e evangelizar a família, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia”, ressaltou.

Sobre as iniciativas concretas que as famílias podem ter durante esta especial semana o padre Porreca destaca que os fiéis podem “primeiramente na dimensão da festa promover nas celebrações da Eucaristia um espírito familiar,  cultivar a bênção dada pelos pais aos filhos, bênçãos das casas, celebrar “Bodas de Prata” ou “Bodas de Ouro” dos casais, promover a  legitimação de casamentos; renovação dos compromissos matrimoniais, valorizar os idosos na família e promover noites de talentos com os jovens e crianças. Enfim, valorizar todos os laços familiares nas celebrações”.

“Na dimensão do trabalho, implantar as Associações de Famílias, requerer o dia Municipal da Família, despertar maior participação dos pais na educação (escola e catequese) dos seus filhos, divulgar os grupos de casais e de famílias da Paróquia, convidar as pessoas afastadas da Igreja a participarem das atividades da Comunidade Paroquial”, acrescentou o sacerdote membro da CEPVF.

Finalmente, o padre Wladimir afirmou também que “um dos grandes desafios da Semana Nacional da Família será o de valorizar a presença dos filhos, dos jovens, como propósito de preparação para a Jornada Mundial da Juventude que vai acontecer no Rio de Janeiro em 2013”.

O sacerdote alentou os católicos a suplicarem à Sagrada Família “que a Semana Nacional da Família seja para a Igreja que está no Brasil, um momento privilegiado, que se estende nas atividades evangelizadoras durante o ano todo, na promoção da família como um dos tesouros mais importantes dos povos latino-americanos… escola de fé, transmissora de valores humanos e cívicos, lar em que a vida humana nasce e é acolhida generosa e responsavelmente”.

Por sua parte, o presidente da Comissão pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini, gravou um vídeo no qual fala da Semana Nacional da Família que pode ser visto em: http://www.youtube.com/watch?v=s6d79jK898s

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ser católico por inteiro

Discutindo o problema da adesão à fé católica

Edson L. Sampel*
SAO PAULO, sexta-feira, 10 de agosto de 2012 (ZENIT.org)

Gostaria de discutir o problema da adesão à fé católica, não na perspectiva prática, porque nesta seara, infelizmente, por causa do pecado, os católicos vivemos os ditames do evangelho mais ou menos.
Quero tratar do tema no viés doutrinal. Neste diapasão, ou se é 100% católico ou não se é católico em hipótese nenhuma. Não posso ser católico e, ao mesmo tempo, advogar a tese de que Jesus não fundou nenhuma Igreja específica; apenas instaurou uma novel religião. Não posso ser católico e perfilhar a teoria de que nossa Senhora teve relações sexuais com seu casto esposo. Não posso ser católico e, concomitantemente, asseverar que não há demônios nem Satanás. Não posso ser católico e, outrossim, prestar atenção ao espiritismo. Não posso ser católico e fazer ouvidos moucos ao que o papa ensina. Não posso ser católico e me escusar de divulgar o parecer da Igreja contrário ao homossexualismo. Não posso ser católico e me colocar em prol do aborto, ou, então, ficar em cima do muro.  Eis somente alguns exemplos.
Qual é a questão de fundo? Em minha opinião, é o relativismo, já bastas vezes  exprobrado por Bento XVI, combinado com uma equivocada interpretação do ecumenismo. Exemplificando, a pretexto de não vulnerar a suscetibilidade dos nossos irmãos separados, a doutrina protestante não é mais herética: cuida-se apenas de visões diferentes, verberam alguns. Deixemos o mínimo que nos separa, postulam outros, e nos unamos no máximo que nos é comum! Que máximo é esse, se frei Lutero solapou todos os sacramentos, preservando unicamente o batismo?
Quando o mal da não adesão plena e obsequiosa é perpetrado por certos padres ou teólogos, estamos em face de uma vicissitude gravíssima. Aqui, em vários casos, vigem a arrogância e a soberba, uma espécie de desdobramento do pecado original: quer-se saber mais do que a Igreja de Cristo!
Temos de ser ecumênicos sim, sempre amorosos com os outros cristãos e com os membros de qualquer credo, cônscios de que não somos melhores do que eles e que Deus ama todos os homens. No entanto, devemos resgatar nossa belíssima identidade católica, assumindo-a plenamente, sem respeitos humanos, acatando cabalmente o magistério infalível. Esta obrigação é ainda mais urgente por parte dos padres, que têm o múnus de industriar a puríssima doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo, custodiada pela Igreja católica.

Edson Luiz Sampel
Doutor em direito canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano.
Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC)

Permalink: http://www.zenit.org/article-31030?l=portuguese

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Projeto Doação de Sangue

No último sábado, dia 4 de agosto, o grupo EJU participou do belo ato de doação de sangue no Hospital Regina, em Novo Hamburgo. Desta vez, cinco integrantes do movimento participaram da atividade, cujo objetivo é alimentar o banco de sangue da região, auxiliando pessoas que necessitam do mesmo quando se envolvem em acidentes, passam por cirurgias ou sofrem de doenças como hemofilia e câncer.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o processo de doação é rápido e indolor. Ele pode ser realizado por pessoas saudáveis (sem doenças transmissíveis) entre 18 e 65 anos, as quais estejam acima de 50kg. Os homens podem doar até quatro vezes por ano, enquanto as mulheres podem doar no máximo três vezes por ano, devido a perda de ferro ocorrida no período menstrual.


Desvendando o mito

Algumas pessoas (mal informadas) ainda acreditam que a doação engrossa ou afina o sangue, e devido a isto pedem para doar uma pequena quantidade. Mas não esqueça que isto é apenas um mito! A doação não causa este tipo de efeito e também não faz o doador passar mal, afinal a quantidade coletada não prejudica o funcionamento normal do corpo.

Aqueles que sentirem-se motivados a participar da ação, podem entrar em contato com algum dos grupos do EJU ou comparecer diretamente no Hospital Regina, no primeiro sábado do mês (dia de coleta espontânea).

Enfim, lembre-se: doar sangue é doar vida a quem mais precisa!
  • Créditos:
  • Fernanda Antunes
  • EJU Diocese de Novo Hamburgo

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Municípios em defesa da vida

BRASILIA, 07 Ago. 12 / 04:56 pm (ACI).

- “A vida depende do seu voto!”, com este lema o movimento nacional da cidadania pela vida (Brasil sem aborto) lançou recentemente um comunicado aos partidos políticos visando a divulgação dos nomes de candidatos pró-vida para que os eleitores conheçam os candidatos que abertamente defenderão a vida se forem eleitos, assinando um termo de compromisso com a defesa da vida.

A carta redigida em Brasília no dia 11 de Julho se dirige “aos Presidentes dos Diretórios Municipais dos Partidos Políticos Brasileiros”.

“O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto comunica a todos os Presidentes dos Diretórios Municipal, Estadual e Nacional de todos os partidos políticos brasileiros que foi lançada a 2ª Edição da Campanha Nacional “Municípios em Defesa da Vida”, tendo como slogan “A VIDA depende do seu VOTO””, afirma a missiva.

Segundo explica o texto do movimento pró-vida brasileira “essa campanha visa conscientizar os eleitores brasileiros da importância de levarem em consideração, dentre os critérios que devem nortear a escolha de seus candidatos, um de fundamental importância: a promoção e defesa da vida – desde a concepção, uma vez que o direito à vida é o primeiro e o mais fundamental de todos os direitos humanos”.

“Eleger prefeitos (as) e vereadores (as) comprometidos com esta causa constitui uma das prioridades do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto, pois os futuros prefeitos (as) e vereadores (as) poderão contribuir muito para a implementação de políticas públicas de apoio à maternidade, assegurando às gestantes brasileiras direitos como pré-natal, acompanhamento ginecológico e obstétrico, principalmente às mulheres pobres de nosso país que querem ter seus filhos de maneira segura e digna”, afirma também a carta do movimento Brasil Sem Aborto.

A nota recorda que “os políticos que exercem mandatos no âmbito municipal futuramente poderão ser deputados federais, senadores, secretários estaduais e ministros da administração federal, levando para estas instâncias o seu compromisso de promoção e defesa da vida – desde a concepção. Eles também constituem base política fundamental dos membros do Congresso Nacional e da Administração Federal, formando elos importantes para a luta contra a descriminalização/legalização do aborto no Brasil”.

“Deste modo, o Movimento Brasil Sem Aborto, através de seus Comitês Estaduais e/ou Municipais, ou por meio de grupos pró-vida organizados no âmbito municipal, está fazendo o trabalho de identificação de possíveis candidatos e candidatas aos dois cargos em disputa nestas eleições que desejem assinar Termo de Compromisso com firma reconhecida em cartório, conforme texto anexo. Uma vez assinado o referido termo de compromisso, o nome do candidato (a) a prefeito (a) ou vereador (a) constará do site do movimento www.brasilsemaborto.com.br possibilitando aos eleitores o acesso aos candidatos pela vida nestas eleições”, informam os pró-vidas brasileiros.

“Solicitamos aos presidentes dos diretórios partidários, em âmbito municipal, que façam chegar a todos os candidatos e candidatas de seu partido ou coligação este comunicado, a fim de que todos possam dele ter conhecimento. Os que desejarem aderir a esta Campanha “Municípios em defesa da Vida” - “A VIDA depende do seu VOTO” devem assinar o Termo de Compromisso, obter o reconhecimento de firma em cartório, enviar digitalizado através do email: cidadaniapelavida@gmail.

A carta leva a assinatura da Dra. Lenise Garcia, Presidente Nacional do Brasil sem Aborto, de Jaime Ferreira Lopes, Vice-Presidente Nacional Executivo e de Damares Alves, Secretária Geral do Movimento.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=23977

Vocação: Sementes que geram frutos de santidade

Este mês de Agosto estamos com as nossas orações inclinadas para as vocações. E é interessante recordar o significado do termo vocação – VOCARE – que em sua origem latina, quer dizer chamado. É a partir desta recordação etimológica que nos dispomos caminhar em buscar de compreender a vocação que o Senhor plantou em cada terreno do coração humano.

No solo de cada história, Deus inegavelmente lançou uma vocação na condição de semente. Como Santo Agostinho, gosto de compreender que “Deus só nos pede aquilo que Ele próprio já nos deu. Tudo está nós sob a forma de dom.” Todavia, antes de cultivar os dons que Ele nos deu, é preciso nutrir a certeza de que nossa primeira vocação é a SANTIDADE. Aliás, é ela o terreno por excelência que o Senhor reservou para cada semente de vocação, pois como atesta São Paulo, “Ele nos escolheu antes de toda criação do mundo, para sermos SANTOS e irrepreensíveis sob seu olhar, no Amor” (Ef 1, 4).

À medida que cuidamos do terreno da Santidade, aqueles dons escondidos nas sementes, começam em nós a manifestar-se e produzir os frutos da vocação que o Senhor nos guardou. A adequação desta relação é muito simples, pois Deus é simples em tudo aquilo que faz. Em hebraico, a palavra utilizada para expressar Santo é KADOSH, que quer dizer literalmente, aquele que é separado, escolhido. No pensamento hebraico, quando se diz que uma pessoa é santa, não significa que ela é virtuosa, mas sim que ela é escolhida, eleita para manifestar uma maneira diferente de viver, de amar... É aqui , portanto,  o sentido da primeira vocação humana!

É neste contexto que no horizonte do Cristianismo o terreno da nossa história é eleito, escolhido e retirado de um lugar comum para ser SANTO, ser consagrado e reservado a acolher os dons que o Senhor generosamente ali desejou lançar. Quando nos dispomos a cultivar este terreno, pouco a pouco descobrimos os dons semeados. E o bonito é que os frutos são justamente os desdobramentos desta fascinante descoberta. Daí é que entendemos que cada Vocação é semente a ser cuidada no terreno da Santidade, pois, nutridas, o resultado são os frutos de uma vida vocacionada por Deus a exercer o seu específico.

Do dom ofertado por Deus sempre nasce uma tarefa humana. O dom nos exige uma resposta. É preciso reagir diante do que recebemos, e uma bonita reação como já dissemos, é o cultivo ao terreno, o paciente discernimento vocacional. Que este mês nos inspire bons propósitos e nos motive o sincero desejo de vivermos os sonhos de Deus. Cada terreno tem uma semente que lhe cabe. Cuidando daquele primeiro, encontramos esta última, que nos leva “a assegurar a nossa vocação e eleição. Procedendo deste modo, jamais tropeçamos. E assim, nos é aberta largamente a entrada no Reino dos Céus” (II Pd 1, 10-11).  

Seu irmão, 
Jerônimo Lauricio

 

Familia e Vida

A beleza da vida vai salvar o mundo?
Evento Life Happening: na berlinda, a questão demográfico-econômica e o medo dos jovens de amar

ROMA, segunda-feira, 6 de agosto de 2012 (ZENIT.org) – Sobre as jornadas de formação para jovens no evento Life Happening, do Seminário Quarenghi, organizado pelo Movimento italiano pela Vida, destaca-se uma das palestras da manhã da última quinta-feira, dia 2, dada pelo profº L. Becchetti, docente de Economia na Universidade Tor Vergata, com o tema-indagação "A beleza da vida vai salvar o mundo? A centralidade da pessoa humana e a questão demográfico-econômica".

Becchetti procurou mostrar que a crise atual é plural: econômica, financeira, ambiental, mas, também e acima de tudo, é uma crise da felicidade. O professor relacionou a crise com o fenômeno da desigualdade, descrevendo-a como "aquilo que nos impede de ter uma casa sem arame farpado e sem vigilantes" e exemplificando a situação com a cidade queniana de Nairóbi, onde a desigualdade sócio-econômica é chamativa.

A desigualdade é associada a uma gama de fenômenos sociais negativos, que degradam a dignidade humana. Os economistas começaram a tratar da felicidade já faz algum tempo, indo além dos simples indicadores materiais como o PIB. A economia vem lentamente abandonando o paradigma do homo oeconomicus, que é feito de indivíduos que agem apenas por interesse pessoal e em nome da eficiência.

Esta visão do homem não só não consegue captar aspectos significativos do bem-estar que se deseja como resultado da ação econômica, como também corre o risco de ser perigosa quando adotada nas decisões políticas. Becchetti ironizou o fato de nenhum de nós querer confiar os próprios filhos a um homo oeconomicus, salientando que, felizmente, a nossa sociedade ainda é composta de pessoas com valores e bons relacionamentos.

É necessária, portanto, uma ação econômica à altura da nossa sensibilidade. É de ajuda, para este fim, a definição da caridade: "a nossa plenitude consiste em descobrir a nossa identidade relacional e a capacidade de nos doar gratuitamente".

A manhã formativa continuou com a Escola de Verão de Bioética. A profª Francesca Panuccio Dattola, docente de Direito Comparado, deu a palestra "Maternidade: a lei e a vida em confronto".
Em seguida, "Compartilhar a beleza da vida para compartilhar a felicidade" foi o título da palestra do Dr. Saverio Sgroi aos jovens do Life Happening. Sgroi é presidente da Associação Cogito et Volo, que oferece diretrizes de reflexão para que os jovens se libertem dos clichês e passem a pensar por si mesmos. Desta vez, o estereótipo analisado foi a crença de que “o amor vem e vai” sem que se possa controlá-lo.

De acordo com Sgroi, os jovens temem que o amor implique uma negação da liberdade, o que não procede quando se entende que só na escolha do amor é que se realiza a verdadeira liberdade. Encontrar o outro é crucial, como também é crucial a relação afetiva.

Muitas vezes, temos medo do amor e, acima de tudo, daquele “para sempre” que o amor envolve. O “para sempre” parece negar a liberdade individual, especialmente por causa da fidelidade, muitas vezes reduzida a algo inviável, negativo e entediante.

"Quando começa um relacionamento, não se pergunta até quando ele vai". A duração não deve ser uma preocupação: quando se vive uma história de amor, deve-se investir nela tudo de si mesmo. Com a história de amor, fica explícito o desejo humano do “para sempre”. O amor definitivamente não é fácil: é uma escolha diária e, por isso, é diferente da paixão. Apaixonar-se é uma onda, que não pode ser controlada, que nos assalta e nos domina. Diferente é o amor, que envolve a auto-realização na pessoa do outro. Por isto, amor e liberdade são intimamente conectados e, juntos, pavimentam o caminho para a felicidade, enfatizando a beleza da vida.

[Trad.ZENIT]

quinta-feira, 2 de agosto de 2012





Católicos, que sejam 20%
Análise das conclusões do IBGE sobre a diminuição de católicos





Por Luiz Eduardo Cantarelli

BELO HORIZONTE, sexta-feira, 27 de julho de 2012 (ZENIT.org) -


Nem todos futuros são para desejar,porque há muitos futuros para se temer. (Pe Antônio Vieira).



Em 1970, os católicos eram 90% dos brasileiros. Hoje, segundo o IBGE, são 64,6%, ou seja, 26%, uma massa de 37 milhões uma Argentina de gente , deixou de ser católica. Ao seu estilo, Nelson Rodrigues preconizava na década de 70 que o Brasil seria, no futuro, o maior país de ex-católicos do mundo.

Para onde partem os católicos? Na sua grande maioria, seguem para as, assim chamadas, religiões evangélicas, principalmente para as de cunho pentecostal e autônomas. No último censo, os  protestantes subiram de 15% para 22,2%, dentre estes, estão os tradicionais que ficaram patinando nos 4%.

O espiritismo, que na década de 50 pensou-se que seria a religião do Brasil, estacou em 2%. Os sem religião margeiam os 8%, sendo que os 3% restantes estão espalhados nas diversas outras propostas religiosas. Então, basicamente, o funil de saída é para o protestantismo e, daí, parte deles migra para os sem religião o que não quer dizer que se tornam ateus.
Quando estancará o vertedouro de escoamento é uma incógnita, pois vários são os fatores, objetivos e subjetivos interferentes nesse processo, alguns destes relevantes que ouso explicar o movimento.

O primeiro: o espírito do tempo que estamos vivenciando, um mundo plural, em que a morte do passado nos revela que tradição não dá mais liga e o individualismo é o senhor da razão. Nesta nova visão de mundo, tem muito pouco valor aquilo em que os antepassados creram e viveram. A experimentação do novo e a curiosidade do desconhecido soam forte em cada um.

Segundo Dr. Flávio Pierucchi, da USP: Uma sociedade que não precisa mais de Deus para se legitimar, se manter coesa, se governar e dar sentido à vida social, mas que, no âmbito dos indivíduos, consome e paga bem pelos serviços prestados em nome dEle 

A humanidade já viveu uma experiência parecida em meados do século XIX, com a crise Católica da negação do modernismo, acrescida do movimento milenarista e do sucesso da ciência insipiente, que tudo parecia provar e demonstrar. Naquela trajetória, nasceram o Positivismo, o Espiritismo, o Adventismo, os Mórmons, as Testemunhas de Jeová, a Teosofia, o Exército da Salvação e tantas outras religiões. Eram propostas notadamente anticatólicas, porém, inovadoras e muitas dessas permaneceram no tempo.
Paradoxalmente, podemos considerar o movimento religioso evangélico atual fugaz e consonante com a onda consumista. É fragmentado em milhares de denominações que seguem o discurso do pastor fundador e, na maioria das vezes, com uma adaptação racional e funcional do evangelho às necessidades pessoais uma forma híbrida de autoajuda.
O segundo: foi no Brasil que ocorreu em menor espaço de tempo o êxodo rural o deslocamento de grandes massas de gente do campo para as cidades. Foram 35 milhões de migrantes que incharam as grandes cidades, principalmente nas periferias. Note-se que foi aí que se deu o maior número de conversões. (Antoniazzi).
Assim, no impacto da perda de espaços e de valores que norteavam a família, estes se diluíram, influenciando e transformando as gerações que se seguiram. Nesse cenário decomposto, muitas vezes a escolha da religião é motivada pela ocasião.
O terceiro: a quantidade de propostas e igrejas que concorrem no mercado religioso. O espaço sagrado da Igreja, como o católico o qualifica, altera-se no protestantismo ali, o sagrado é o coração do homem. O espaço físico pode ser oriundo de um açougue, uma funerária ou outro prédio qualquer.
Nessa facilidade de produzir igrejas e congregações, as ofertas são muitíssimas. Associado aos milhares de pequenos movimentos, há a força das amplas vitrines , que são as grandes igrejas evangélicas mediáticas, nas quais a maximização dos lucros é a teologia sonhada . Fazem uso dos mecanismos de mercado como franquias, cartões de crédito, bancos, etc. Dezenas de milhões de reais são investidos, por mês, na TV, que é concessão do Estado, para apresentar-se em horário nobre, com milagres de hora marcada e ao vivo.
De modo descarado, ainda segundo Pierucchi, o discurso proferido dos fieis para com Deus, que sustentou a civilização judaico-cristã e islâmica desde as origens, agora tem sua direção invertida pela nova cristandade que proclama que Deus é fiel, o fiel é Deus. Investimento seguro, vale dizer.

O quarto: e o mais relevante, a falta de testemunho, pelos católicos, é o principal motivo alegado para a saída de muitos. Talvez o homem contemporâneo necessite mais do que pregação. Ele precisa de testemunhos reais e tangíveis.
A Igreja Católica é similar a uma arca. Com suas múltiplas espiritualidades, tem lugar para a heterogeneidade, embora também carregue uma contradição interna na qual não mais que 30% dos que se dizem católicos são habituais frequentadores da igreja. Os outros 70% orbitam em torno dela nas necessidades sociais e nos ritos de passagem como: batismo, casamento e velórios. Estes são os católicos nominais que estão incluídos nos citados 64% do IBGE, alguns deles com aversão à religião, mas, por uma tênue teia do passado, se mantêm ligados à Igreja. Outros frequentam novas propostas religiosas/filosóficas que ainda não constam no questionário do Censo e há uma grande parcela de católicos que está aguardando um insight  com a Transcendência. Muitas vezes a Igreja não sabe lidar com essa realidade. São os que se dizem católicos não praticantes . Estes formam o estoque dos futuros ex-católicos. Como dizia D. Eugênio Sales: O problema da Igreja não são os evangélicos, mas sim os falsos católicos.

Embora os processos históricos muitas vezes tornem-se arrebatadores e incontornáveis, na visão da hierarquia, a Igreja Católica no Brasil tem se preocupado com o êxodo dos seus fieis. Aperfeiçoa a formação dos sacerdotes, enriquece e alegra os ritos, prioriza a caridade, e o que não se pode providenciar humanamente, a Providência Divina assume. Não obstante, essas atitudes não são suficientes para conter o êxodo católico. O estrago será tão grande nas hostes católicas que só no distante futuro poder-se-á avaliá-lo - como aconteceu na percepção histórica da reforma luterana, no século XVI.
O monopólio católico de 500 anos está se desmilinguindo e sendo criada, a partir daí, uma nova força política religiosa contrária às tradições católicas. Resultado desse processo, que não é mais embrionário, pode ser observado nas Minas Gerais, de tradição católica. A principal avenida de entrada de Belo Horizonte, Nossa Senhora do Carmo, passou a se chamar Senhora do Carmo. De notar, também, que a Igreja Assembleia de Deus projeta eleger, este ano, 5.600 vereadores em todo o país, além de investir pesadamente em compra de redes de Rádio e TV (Folha de São Paulo, 22/7). Interessante observar que nessa Igreja, até a década de 90, ver televisão e ouvir rádio era considerado pecado. Mudaram a doutrina para não perder o boom do crescimento. Quem viver, verá!
Mortos, levantai-vos!, preconizava Dom Sebastião Leme em Olinda no início do século XX quando da parcimônia dos católicos frente ao seu isolamento na República nascente. Hoje, poderíamos repetir o discurso. Levantai-vos para conhecer a Igreja; para integrar-se na comunhão dos santos, de que a Igreja é portadora; não vos constrangeis frente a essa tempestade de ofertas de discursos religiosos eloquentes.
Somos testemunhas de milhares de servidores consagrados, bispos, padres, freiras, leigos que se desgastam em vida, como vela no altar, em prol do outro e da Igreja. Se faltam pastores ou estão assoberbados de trabalho, atendamos o apelo bíblico; sede-vos mesmos , líderes para evangelizar. Se somos filhos de uma Igreja que é a genitora de todas as outras, porque estaríamos equivocados? Por acaso, colhe-se maçãs de laranjeiras?
No livro Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental central de qualquer civilização. Ao longo de dois mil anos, a maneira de o homem ocidental pensar sobre Deus deve-se sem a menor dúvida à Igreja Católica.

Quando perguntaram a G.K Chesterton, escritor inglês, ex-anglicano, porque é que entrou para a Igreja Romana, ele respondeu: Para me libertar dos meus pecados, porque não há outro sistema religioso que ensina as pessoas (se o professam realmente) a libertarem-se dos seus pecados. (Autobiografia, p.280).

O testemunho de Marco Monteiro Grillo, ex-luterano e agora católico convicto: Se uma igreja que remonta a Cristo e aos apóstolos, em que o subjetivismo simplesmente não existe, e onde uma autoridade visível (o magistério) sempre foi e será responsável pela salvaguarda da fé, essa Igreja só pode ser a Igreja CatólicaApostólica Romana, essa Igreja que não está sujeita às intempéries da história, nem aos modismos de cada época, nem aos gostos dos fregueses.

Se no futuro os católicos, mesmo sendo 20% da população, forem comprometidos com Cristo e a Igreja dEle, éticos na vida social e em todos os demais sentidos, a Igreja, que são todos, já terá cumprido a sua missão. Os exemplos atraem.
Luiz Eduardo Cantarelli é jornalista pós-graduado em Ciência da Religião.
Belo Horizonte Minas Gerais

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Oxalá fosses frio ou quente!

 
 
“Oxalá fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, nem frio nem quente, estou para te vomitar de minha boca.” ( Ap 3,15-16)
Aos que não cultivam familiaridade com a Sagrada Escritura, o excerto do livro do Apocalipse apresentado acima, pode parecer demasiado forte, duro demais. E, de fato, o é! Desafia a nossa conduta cristã, nos faz refletir o ímpeto apostólico; somos instigados a optar, a decidir-se corajosamente por uma vida em Cristo e por Ele, condição que exige, de cada um de nós, certa radicalidade no ser e no agir. Afinal, se indiferentes ao caminho de conversão que, através da Igreja, o Senhor nos indica, corremos o risco de vacilar nos propósitos de santidade que abraçamos e, mornos, podemos nos render ao encanto do fácil e prazeroso relativismo.
Durante a homilia pronunciada na missa que concelebrou «por ocasião da eleição do romano pontífice», em 2005, o então cardeal Joseph Ratzinger foi enfático: “Quantos ventos de doutrina conhecemos nestas últimas décadas, quantas correntes ideológicas, quantas modas do pensamento [...]Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é etiquetado com frequência como fundamentalismo. Enquanto que o relativismo, ou seja, o deixar-se levar «guiados por qualquer vento de doutrina», parece ser a única atitude que está na moda. Vai-se construindo uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que só deixa como última medida o próprio eu e suas vontades.”
Ainda hoje, torna-se atual o presente discurso quando aplicado à realidade das nossas comunidades, movimentos e infelizmente da nossa juventude. Por mais abundantes que sejam as iniciativas de evangelização e formação, as nossas lideranças continuam inseridas num contexto de relativismo defendido pela sociedade e pelos ‘novos catequistas’ do nosso tempo. Os ventos de doutrina e as correntes ideológicas das quais nos falava o Cardeal Ratzinger são os grandes vilões da ação evangelizadora entre a juventude, uma vez que, enquanto anunciamos, vemo-nos desafiados a confrontar, constantemente, discursos mercenários e sedutores, modas de pensamento e formadores de opinião que formatam e corrompem a integridade do Evangelho. A consequência clara é cristãos - sobretudo jovens – mornos na vida de oração e de sacramentos, alheios ao estudo sistemático da Doutrina e acomodados na vida de ação, de testemunho e apostolado.
Vê-se, ainda, a fé ser reduzida ao puro sentimentalismo ou ‘achismo’ de opiniões particulares: os indivíduos julgam-se capazes de produzir os seus próprios conceitos, as suas próprias verdades e concretiza-se a palavra de São Paulo que exorta: virá tempo em que alguns não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, segundo os seus próprios desejos, como que sentindo comichão nos ouvidos, se rodearão de mestres. Desviarão os ouvidos da verdade, orientando-os para as fábulas.”(2 Tm 4,3).
Assim, se nos apresenta uma única e clara opção: lutar diariamente pela propagação de um fogo novo; sacrificar o nosso “eu” tão superficial e deixar-se tocar por Deus, tornarmo-nos fiéis colaboradores do projeto de Cristo, que veio justamente atear fogo à terra (Lc 12,49).
Por fim, contra a ditadura do relativismo o próprio Papa Bento XVI indica:  Nós, - entretanto - temos outra medida: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. Ele é a medida do verdadeiro humanismo. «Adulta» não é uma fé que segue as ondas da moda e da última novidade; adulta e madura é uma fé profundamente arraigada na amizade com Cristo. Esta amizade nos abre a tudo o que é bom e nos dá a medida para discernir entre o verdadeiro e o falso, entre o engano e a verdade.”
Vivemos na Igreja do Brasil e do Rio Grande do Sul um momento propício para a renovação de mentalidade e de atitudes. Na juventude fixa em Deus, o Espírito Santo age e suscita frutos de uma santidade coerente. E há espaço para muito mais: jovens quentes, corajosos e radicais que não tem outra medida senão o próprio Cristo; ardentemente comprometidos com o Evangelho, que abracem sua cruz, que desejem colidir com o mundo e andar com Deus. Se este for reflexo dos nossos grupos, movimentos e pastorais, “se irão notando sinais de uma revolução cristã: uns haverão de entregar-se, outros tomarão a sério a sua vida interior, e outros - os mais fracos - ficarão pelos menos alertados.” (São Josemaria Escrivá).
Peçamos a intercessão do saudoso amigo e padroeiro Karol Wojtyła; que o seu exemplo de santidade e correspondência aos planos de Deus no ajude a assumir com convicção a condição de batizados e herdeiros do Céu. Beato João Paulo II, rogai por nós!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Siga a Cruz



A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 dá mais um passo em direção à interatividade e informação com os jovens de todo o mundo. Está disponível o aplicativo “Siga a Cruz”, uma ferramenta oficial da JMJ Rio2013 que irá possibilitar, pelo celular ou tablet, acompanhar passo a passo o trajeto dos símbolos da JMJ (a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora) pelo Brasil. A ferramenta é gratuita é já está disponível para download.

Desenvolvido pelo departamento de Tecnologia da Informação da comunidade católica Canção Nova, a pedido do Instituto JMJ Rio2013, o aplicativo pode ser adquirido, pelos usuários de dispositivos iPhone, iPad, iPod e de Tablets e smartphones com a plataforma Android.

A ferramenta tem como objetivo exibir de forma dinâmica, por meio de um mapa com recurso de geolocalização, o trajeto percorrido pela Cruz da JMJ Rio2013. Os usuários também poderão interagir com seus amigos via Twitter e Facebook, traçar rotas detalhadas para o local onde se encontra a Cruz e acessar galerias exclusivas de fotos.

“A ferramenta, que é gratuita, mostra em tempo real a localização
da Cruz”, ressalta João Paulo Ferraz Kruschewsky, gerente de
TI/Mobile da Canção Nova.
O Brasil já vive o clima da Jornada, com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora que desde o dia 18 de setembro estão no país. Os símbolos percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013.

COMO FUNCIONA?

Com o aplicativo, o usuário irá visualizar, inicialmente, a posição atual dele dentro do mapa, por meio de um círculo azul, sendo atualizado automaticamente caso ele esteja em movimento. Através dos círculos de cores vermelho, verde e amarelo, serão apontados os locais onde a cruz esteve, onde ela está naquele momento e por onde ainda irá passar.

Os círculos verdes irão mostrar no mapa todos os locais que já foram visitados pela cruz, além de apresentar algumas informações como nome do local, endereço, data da visita (chegada e partida). O recurso irá permitir o compartilhamento, através das redes sociais (Facebook e Twitter), e dará a opção “Como chegar aqui”, que traça a rota partindo do seu local de origem até chegar ao ponto marcado com a cruz.

O círculo vermelho apontará o local atual onde a cruz se encontra, com informações da região e opções de como chegar lá. Já o círculo amarelo indicará todos os locais cadastrados que serão visitados pela cruz. Assim como nas outras opções, o usuário também poderá visualizar as informações da região que receberá os símbolos.

Para fazer o donwload do aplicativo no seu iPhone, iPad, iPod ou Tablets e smartphones com plataforma Android utilize os QRCodes ou links abaixo:


Fonte: http://www.rio2013.com/pt/siga-a-cruz 
Contribuição: Bárbara Mohelecke

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Amizade – a face amorosa do cuidado de Deus

Uma das coisas que mais me fascina em Jesus no que diz respeito à amizade é sua predileção pelos piores. Como é bom encontrar olhos que nos reinauguram. Quantas relações falidas porque os amigos já não conseguem mais reinaugurar uns aos outros. Em Jesus a experiência da amizade é um dos desdobramentos mais fascinantes do cuidado de Deus. Ousaríamos dizer que Cristo traduz a face amiga de um Deus que nos quer por perto.

Jesus, um Deus amigo

            A partir do contexto bíblico, vemos, por exemplo, que Lucas nos descreve um Cristo como uma pessoa capaz de ter amizade e que reúne amigos em torno de si. Em Lucas, Jesus dirige-se a seus discípulos como a amigos. “A vós, meus amigos, vos digo: Não temais...” (Lc 12, 4a). Lucas, como um bom grego, vê a amizade como um bem supremo, por isso ele enxerga de modo especial a capacidade de Jesus para fazer amigos. Em João, a amizade, assume ricos detalhes, sobretudo quando Jesus se dirige aos seus discípulos dizendo: “Já não vos chamo de servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Vos chamo, no entanto, de amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvir do Pai” (Jo 15, 5). Aqui a amizade supõe intimidade. Só se faz amigo quem se torna íntimo, quem compartilha, quem se faz próximo.
É interessante ver como essa intimidade entre amigos é resultado de toda uma predileção pelos piores, como dizíamos no início da reflexão. Basta um olhar demorado para Pedro, Tiago e João, e logo entenderemos. O primeiro ainda que muito justo e sério tinha um temperamento forte e impulsivo, como revela a cena da prisão de Jesus: “Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou-a e feriu o servo do Sumo – Sacerdote, decepando-lhe a orelha” (Jo 18, 10). Tiago e João iam no mesmo ritmo, uma vez que eram como “Boanerges, isto é, filhos do trovão” (Mc, 2, 17). Bem, ao que parece, não faltam motivos para Jesus se aproximar destes três. Dentre todos os discípulos, Jesus escolhe a estes para ficar com Ele tanto nos momentos de alegria no Monte da Transfiguração (Mc 9, 2); como também para os momentos de angústia no Monte das Oliveiras (Mc 14, 32-34). Em ambas as cenas fica claro a intimidade gerada no seio da amizade entre eles. Era o jeito do Cristo lhes traduzir a face de um Deus Amigo, de um Deus que ama e cuida daqueles d’Ele se aproxima.
Neste dois montes temos um dos mais lindos rostos da humanidade de Jesus. Os verdadeiros amigos são aqueles com os quais podemos contar tanto nos momentos de glória, como nos momentos de sofrimento e dor. Jesus nos mostra que não existe nenhuma pessoa nesse mundo que não precise de um ombro amigo nas horas mais difíceis. Nem precisa ser os melhores do ponto de vista humano, pois como já vimos aqueles não tinham muitas qualidades, mas eram os amigos os quais Jesus depositou sua confiança e predileção, o que mais tarde os tornou “Colunas da Igreja” (Gl 2, 9).
Não foi pretensão nossa até aqui fazer um tratado dos laços de amizade que Jesus desenvolveu. Mas penso que outro lugar que Jesus revela seu Amor de amigo é em Bethânia. Creio que ali nos é sugerido um pouco mais deste cuidado amoroso de Deus. Ali Jesus chora pela morte de seu amigo Lázaro (Jo 10, 1-11). Lázaro era um leproso; Maria sua irmã, uma prostituta de leprosos, e Marta convivia com eles por ser sua irmã. “São a estes três, que Jesus amava” (Jo 11,5). Amava-os como amigo, como sugere a tradução do grego. É Jesus em sua extraordinária capacidade de ser amigo nos ensinando que precisamos ter amigos que nos acolham e nos amem do jeito que somos. Amigos que não nos julguem a partir de um único momento, amigos diante dos quais possamos nos mostrar pelo avesso e revelar o nosso pior; amigos que orem conosco; amigos que confiemos os nossos segredos mais íntimos. É isso mesmo! Uma amizade enraizada em Deus tem essa fascinante capacidade de gerar em nós aquela certeza do seu cuidado, da sua presença, do seu Amor!

Seu irmão, Jerônimo Lauricio.