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Pensamento do dia


"Como um viajante que erra o caminho e, assim que se apercebe, rapidamente retorna à estrada correta, assim também você continue a meditar sem se fixar nas distrações." (São Pio de Pietrelcina)

quarta-feira, 27 de março de 2013

Até onde vai nosso consumo?

Ontem durante uma disciplina na área da Comunicação na Universidade, ouvi a seguinte afirmação da professora: “O consumo passou a ser a razão da nossa existência”. Confesso que lembrei diretamente do EJU neste instante, quando constantemente refletimos sobre a questão do ter e do ser.

Parece que a preocupação do “ter cada vez mais” está cegando as pessoas, fazendo com que elas deixem de lado o que realmente é fundamental na vida. Afinal, como pode o consumo ser a razão de nossa existência?
Obviamente vivemos na sociedade do consumo, onde a todo instante estamos utilizando ou comprando algo. Sem perceber usamos inúmeros ítens de consumo ao longo de nossos dias, desde a pasta de dentes até o combustível do automóvel. Porém, o que fico me questionamento é: até onde vai nosso desejo incontrolável de possuir coisas?
Após pensar sobre tudo isso, saí da aula com a sensação de que vivo ao mesmo tempo fora e dentro deste novo conceito. Pois enquanto sou uma consumidora constante, também não posso me conformar com a ideia de que milhares de pessoas percebam sua razão de viver no “ter cada vez mais”. Há algo muito maior e infinitamente mais importante para guiar nossas vidas...

Nanda Antunes

O que aprendemos sobre o AMOR na Quinta Feira Santa?



Chegamos à Semana Maior. Ela é especial, porque aprendemos que ela é chamada a ser Santa, separada, escolhida. Os dias que estamos vivendo são extraordinários. São 40 dias caminhando com o Bom Mestre, para nesta Semana contemplarmos ainda mais de perto os Mistérios da Sua Redenção sobre nós. Quantas lições aprendidas durante esse percurso. Hoje quero partilhar de modo particular sobre a Quinta Feira Santa. Ela por si só nos trás muitos ensinamentos. Mas, se me permitem quero me ater aqui apenas ao AMOR.
É bonito olhar para aquela noite e ser recordado ali na Santa Ceia que a mais bela oferta de Amor que podemos fazer a alguém não é de coisas, presentes, elogios, mas de nós mesmos. Naquela Quinta Feira especial, cada gesto e cada fala de Jesus nos ensina que “quando uma pessoa ama, não pode doar nada maior à outra do que a si mesma” (YOUCAT- 407). Se tivermos um olhar atento, compreenderemos que o dom do Pão e do Vinho Eucarísticos significam para nós tudo aquilo de que temos fome. Temos fome de cuidado, de afeto, de atenção, em uma palavra: de AMOR. E Jesus se faz alimento para nos nutrir. Faz-Se alimento, porque refeição é devolução, é restituição daquilo que perdemos. Alimentamo-nos diariamente para devolver ao corpo aquilo que lhe foi subtraído e perdido. Cada refeição é lugar e oportunidade de se restituir.
Em Jesus, a refeição é tão redentora que alguns dos Seus encontros se deram no seu desejo de sentar-se à mesa com aqueles que precisavam ter a Vida Plena devolvida. O prato principal não era material, mas sim a Vida, o Amor! Em algumas refeições temos o encontro com Zaqueu e toda sua família (Lc 19, 1-10); depois em Betânia Ele entra na história de Simão, o Leproso (Mc 14, 3), e finalmente com os discípulos na Última Ceia, onde Ele se senta à mesa para fazer refeição com seus amigos.  Interessante é que nas duas primeiras refeições, o Mestre nos ensina que quando nos sentamos à mesa, não nos alimentamos tão somente do que está posto sobre ela, mas, sobretudo de quem se serve dela. Alimentamo-nos do olhar, do amor, dos gestos, do afeto, e de tudo o que o outro significa. O banquete não é lugar para saciar somente a fome do corpo, mas também a fome da alma.
Com os discípulos o significado da refeição fica mais claro e ganha o sentido da Redenção, pois ali a Salvação acontece. Jesus se senta à mesa e torna-Se a refeição na qual todos os convidados se alimentam. N’Ele o Verdadeiro Amor se traduz. O Pão se transforma em Seu Corpo e o Vinho em Seu Sangue. E como se não bastasse, Ele estende o seu Amor desde o Sacrifício Eucarístico até o Sacrifício do Calvário. Ali Ele revela e identifica o pão que reparte, com o Seu corpo entregue para a vida do mundo no alto da Cruz. Os sacrifícios se abraçam e se tornam um só. O Pão na Eucaristia passa a ser o Amor que na Cruz Ele nos doou até o fim. E assim, em resposta a esse Amor e ao Seu pedido, temos feito desde então “ação de graças” em Sua memória. Desde aquela Quinta Feira, temos atualizado em nossos corações, por meio da Eucaristia em cada Missa celebrada, aquela única e maior oferta de Amor que já recebemos. João, o discípulo amado, aquele que estava reclinado no peito de Jesus durante a Ceia, (Jo 13, 23) entendeu bem essas lições, e não sem razão nos escreveu dizendo que realmente são “felizes todos os que convidados para este Banquete!” (Ap 19,9).


Jerônimo Lauricio
Equipe Catecismo Jovem 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Papa celebra missa para jardineiros e garis do Vaticano

  

1_0_676038    Na última sexta-feira dia 22 de março, nosso novo Papa realizou mais um ato surpreendente. Assumindo a imagem de um verdadeiro Francisco, voltou seu olhar para os humildes, ao celebrar uma missa especial para os jardineiros e garis que trabalham no Vaticano. Fiquei muito emocionado e surpreso ao ler esta notícia. Aliás, surpresa é o que o Papa Francisco tem feito desde o primeiro instante. Já no anúncio de seu papado surpreendeu. Quebrando protocolos, aproximando-se do povo, e até pediu orações antes mesmo de sua primeira bênção papal.
    Nestas horas ratifico minha fé na intervenção do Espírito Santo entre os cardeais do conclave. Pois Francisco assume a atual necessidade da Igreja de ir ainda mais ao encontro do seu povo, em especial dos mais humildes, dos pobres. Garis e jardineiros demonstraram grande surpresa e alegria ao receberem o convite do Santo Padre. Luciano Cecchetti, responsável pelo trabalho dos jardins e da limpeza pública do Vaticano, expressou: “somos invisíveis”.
    Quantas pessoas estão invisíveis ao nosso olhar? 
    Que nesta semana santa, possamos adotar um novo olhar, inspirados por nosso Papa Francisco, e perceber as pessoas que ainda nos são invisíveis. Sejamos também “novos Franciscos”.

    Uma abençoada semana santa a todos!

segunda-feira, 4 de março de 2013

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A renúncia do Papa e os oportunistas da imprensa secular

A renúncia do Papa e os oportunistas da imprensa secular

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Arquidiocese de Cuiabá - Mato Grosso



padrepauloricardo.org
Na sua mensagem para o Dia Mundial da Comunicação de 2008, Bento XVI alertou para os riscos de uma mídia não comprometida com a reta informação.
Que a mídia secular não é o melhor meio para se informar a respeito da Igreja Católica, isso não é novidade. Basta fazer uma rápida leitura nas manchetes dos principais jornais do país a respeito da renúncia do Papa Bento XVI para se ter a certeza de que o amadorismo reina nessas aclamadas agências de notícias. No entanto, acreditar na simples inocência desses senhores e cobri-los com um véu de caridade por seus comentários maldosos e, muitas vezes, insultuosos não seria honesto. É necessário compreender muito bem que muitos desses veículos estão ardorosamente comprometidos com a desinformação e com os princípios contrários à reta moral defendida pela Igreja. Daí a quantidade de sandices que surgiram na mídia nos últimos dias.

Logo após o anúncio da decisão do Santo Padre, publicou-se na imprensa do mundo todo que a ação de Bento XVI causaria uma "revolução" sem precedentes na doutrina da Igreja. Uma atrapalhada correspondente de uma emissora brasileira afirmou que a renúncia do papa abriria caminho para as "reformas" do Concílio Vaticano II e que isso daria mais poderes aos bispos. Já outros declaravam que os recentes fatos colocavam em xeque o dogma da "Infalibilidade Papal", proclamado pelo Concílio Vaticano I. Nada mais fantasioso.
É verdade que uma renúncia tal qual a de Bento XVI nunca houve na história da Igreja. A última resignação de um papa aconteceu ainda na Idade Média e em circunstâncias bem diversas. Todavia, isso não significa que o Papa Ratzinger tenha modificado ou inventado qualquer novo dogma ou lei eclesiástica. O direito à renúncia do ministério petrino já estava previsto no Código do Direito Canônico, promulgado pelo Beato João Paulo II em 1983. Portanto, de modo livre e consciente - como explicou no seu discurso - Bento XVI apenas fez uso de um direito que a lei canônica lhe dava e nada nos autoriza a pensar que fora diferente. Usar desse pretexto para fazer afirmações tacanhas sobre dogmas e reformas na Igreja é simplesmente ridículo. Quem faz esses comentários carece de profundos conhecimentos sobre a doutrina católica, sobretudo a expressa no Concílio Vaticano II.
Outros comentaristas foram mais longe nas especulações e atestaram que a renúncia do Papa devia-se às pressões internas que ele sofria por seu perfil tradicionalista e conservador. Além disso, as crises pelos escândalos de pedofilia e vazamentos de documentos internos também teriam pesado na decisão. Não obstante, quem conhece o pensamento de Bento XVI sabe que ele jamais tomaria essa decisão se estivesse em meio a uma crise ou situação que exigisse uma particular solicitude pastoral. E isso ficou muito bem expresso na sua entrevista com o jornalista Peter Seewald - publicada no livro Luz do Mundo - na qual o Papa explica que em momentos de dificuldades, não é possível demitir-se e passar o problema para as mãos de outro.
Mas de todas as notícias veiculadas por esses jornais, certamente as mais esdrúxulas foram as que fizeram referência às antigas "profecias" apocalípiticas que prediziam o fim da Igreja Católica. Numa dessas reportagens, um notório jornal do Brasil dizia: "O anúncio da renúncia do papa Bento 16 fez relembrar a famosa "Profecia de São Malaquias", que anuncia o fim da Igreja e do mundo". É curioso notar o repentino surto de fé desses reconhecidos laicistas logo em teorias que proclamam o fim da Igreja. Isso tem muito a dizer a respeito deles e de suas intenções.
Por fim, também não faltaram os especialistas de plantão e teólogos liberais chamados pelas bancadas dos principais jornais do país para pedir a eleição de um papa "mais aberto". Segundo esses doutos senhores, a Igreja deveria ceder em assuntos morais, permitindo o uso da camisinha, do aborto e casamento gay para conter o êxodo de fiéis para as seitas protestantes. A essas pretensões deve-se responder claramente: A Igreja jamais permitirá aquilo que vai contra a vontade de Deus e nenhum Papa tem o poder de modificar isso. A doutrina católica é imutável. Ademais, os fiéis jovens da Igreja têm se mostrado cada vez mais conservadores e avessos à moral liberal. Inovações liberais para atrair fiéis nunca deram certo e os bancos vazios da Igreja Anglicana são a maior prova disso.
O comportamento vil da mídia secular leva-nos a fazer sérios questionamentos sobre a credibilidade e idoneidade dos chefes de redações que compõem as mesas desses jornais. Das duas, uma: ou esses senhores carecem de formação adequada e por isso seus textos são recheados de ignorâncias e nonsenses, ou então, esses doutos jornalistas têm um sério compromisso com a desinformação e a manipulação dos fatos, algo que está diametralmente oposto ao Código de Ética do Jornalismo. Se fôssemos seguir a cartilha desses órgãos de imprensa, hoje seríamos obrigados a crer que Bento XVI liberou a camisinha, excomungou o boi e o jumento do presépio, acobertou padres pedófilos e mais uma série de disparates que uma simples leitura correta dos fatos seria o suficiente para derrubar a mentira.
Na sua mensagem para o Dia Mundial da Comunicação de 2008, o Papa Bento XVI alertou para os riscos de uma mídia que não está comprometida com a reta informação. "Constata-se, por exemplo, que em certos casos as mídias são utilizadas, não para um correcto serviço de informação, mas para «criar» os próprios acontecimentos", denunciou o Santo Padre. Bento XVI assinalou que os meios de comunicação devem estar ordenados para a busca da verdade e a sua partilha. Pelo jeito, a imprensa secular ainda tem muito a aprender com o Santo Padre.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Jornada Mundial da Juventude Rio 2013




Ressocialização em meio à Jornada Mundial da Juventude

Internos do sistema prisional de Brasília trabalham para a JMJ Rio 2013

Por Thacio Siqueira

BRASíLIA, 21 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Paulo Fernando Melo, advogado, católico, vice-presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família e um dos sócios proprietários da Jabuti Artigos Religosos (www.lojajabuti.com.br), em entrevista à Zenit, nos fala sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido com os irmãos sentenciados de Brasília na confecção de alguns produtos oficiais da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro, em julho deste ano.
ZENIT: Como surgiu a ideia de agrupar apenados para a execução desse trabalho?
PF – Na verdade trata-se de colocar em prática uma das verdades contidas no evangelho de São Mateus (25:36) “Eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. Um aspecto importante é o aprendizado do ofício de artesão de peças religiosas. Ele poderá lhe ser útil ao regressar à sociedade e, ao mesmo tempo, é uma oportunidade de exercer uma profissão digna.

ZENIT: Quantos apenados foram recrutados para a realização desse trabalho?

PF – Inicialmente, em parceria com a Fundação de Apoio ao Preso (Funap), capacitamos 50 internos do sistema prisional masculino e mais 30 do feminino, com a perspectiva de aumento do efetivo de acordo com os recursos futuros disponíveis. Eles trabalham seis horas por dia, quatro vezes por semana, confeccionando diversos modelos de terços , pulseiras, o cordão oficial da JMJ e os chaveiros relativos ao evento.

ZENIT: E quais são os benefícios que esses apenados terão com esse trabalho?

PF – A legislação processual penal prevê o benefício a cada três dias trabalhados, a redução de um dia da pena, além de eles receberem uma remuneração pela peça confeccionada. Outro benefício é que os internos não ficam ociosos. Além disso, o grupo de trabalho da empresa Jabuti, quando do andamento dos trabalhos, realiza com os internos, orações e meditações ao som de música ambiente católica.

ZENIT: De que maneira outros empreendedores poderão participar desse projeto?

PF – A nossa intenção é estender esse programa a outros presídios, aumentar o número de internos em Brasília, estimular que outras empresas possam também fazer parcerias de trabalho com os internos e, despertar no empresariado, o desejo de também ajudar nesse tipo de empreendimento. Outro propósito após o término da JMJ , continuar o trabalho na produção de ícones e ensiná-los a confecção de batinas,clergimans romanos, solidéus , véus, barretes e toda indumentária da tradição litúrgica católica.

Contato:
Paulo Fernando Melo
providafamilia@hotmail.com
Fone: (55) 61 99673759

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Sexta-Feira, 4 de Janeiro de 2013
Evangelho (João 1,35-42)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 35João estava de novo com dois de seus discípulos 36e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!” 37Ouvindo essas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. 38Voltando-se para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “Que estais procurando?” Eles disseram: “Rabi (que quer dizer: Mestre), onde moras?” 39Jesus respondeu: “Vinde ver”. Foram pois ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele. Era por volta das quatro da tarde. 40André, irmão de Simão Pe­dro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. 41Ele foi logo encontrar seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias (que quer dizer: Cristo)”. 42Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer: Pedra).

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor


Onde encontraremos a morada de Deus?

 Hoje, as leituras nos falam de troca de moradias: Deus morando em nós e nós morando com Ele. O Senhor quer morar em nós, Ele nos chama pessoalmente: “Vinde e vede”; muitas vezes, por meio de outra pessoa.
No Evangelho, o intermediário foi João Batista: “Eis o cordeiro de Deus”. André e João imediatamente foram atrás de Jesus, porque o convite de João tinha credibilidade. Todos aqueles que têm a missão de apontar o caminho de Cristo para os outros – por exemplo, os pais para os seus filhos – devem ter credibilidade, e ela vem por exemplos e pela coerência de vida.
Em nosso coração e em nossa alma, pelo Batismo, tornamo-nos templos do Espírito Santo. Mas para que Deus more dentro do nosso coração, é preciso que Lhe abramos as portas. Como diz a canção: “Abre bem as portas do teu coração e deixa a luz do céu entrar!”
Em nosso corpo – São Paulo nos diz: “ou ignorais que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que mora em vós e que vos é dado por Deus?” Depois Ele conclui: “Glorificai a Deus com o vosso corpo”. O corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e Ele para o corpo”.
Em nosso corpo e em nossa alma – “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus”, porque somos membros de Cristo e templos do Espírito Santo. Este é o fundamento da ética cristã, o oposto do famoso dualismo da filosofia grega: corpo e alma, matéria e espírito separados, origem da moral sexual pagã que volta a predominar em nossos tempos. A alma para a virtude, o corpo para o pecado!
Estamos falando, hoje, sobre uma ética cristã para cristãos, uma linguagem entendida somente por quem assume sua fé cristã em sua totalidade. Corpo e alma para o autêntico cristão, para o católico convicto, é o espírito de Deus que mora nele e que há de ser o motor de todo o seu dinamismo pessoal; embora ele não vá deixar de cuidar do seu corpo, da sua saúde, do seu vigor, da sua beleza. Mas sabe que o que dá vida ao corpo é o espírito! E o que dá vida a um corpo santificado é o Espírito Santo!
E onde encontraremos a morada de Deus? Quando o Batista apontou para Cristo dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus!”, logo André e um outro discípulo seguiram Jesus. Vendo que o estavam seguindo, Jesus voltou-se para eles e lhes perguntou: “Que estais procurando?”. Eles disseram: “Rabi, onde moras?” Jesus respondeu: “Vinde e vede!” E eles foram ver onde Jesus morava e, naquele dia, permaneceram com Ele!
Hoje, Jesus repete o convite para cada um de nós: “Vinde e vede!” E onde vamos encontrá-Lo? No irmão que sofre fome, sede, nudez e humilhação: “Vinde benditos de meu Pai, porque quando tive fome me destes de comer, quando tive sede me destes de beber, quando estava nu me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me!”
Encontraremos também a morada de Deus no ventre de uma mulher grávida que aceita se tornar mãe. Deus nunca aceitará morar no ventre de uma mãe que aborta por egoísmo ou comodidade! No interior da família que O acolhe pelo Sacramento do Matrimônio e que a transforma numa verdadeira Igreja doméstica pela prática e vivência dos sacramentos, principalmente o Sacramento da Eucaristia.
Neste momento, a família se transforma num sacrário vivo onde se pode ver, contemplar e encontrar Jesus!
 
Padre Bantu Mendonça
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

2013: padre orienta fiéis para o encontro com a Palavra de Deus

Padre Ronicés Queiroz Geber, sjs
Instituto Missionário Servos de Jesus Salvador



Arquivo pessoal
Padre Ronicés Queiroz Geber é Vigário Paroquial na Paroquia Sainte Anne em Six-Fours Les Plages - França.
Mastigar a Palavra de Deus

Em toda virada de ano existe o costume de fazer bons propósitos, de fazer o bem que não foi feito, e não repetir o mal que foi feito. Muitos pessoas desejam um ano "com muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender". Sei o quanto isso é importante, porém, não esqueçamos que os bens materiais não são garantia de felicidade.
Ontem recebi um telefonema de uma senhora de 81 anos, que me falou de sua solidão e do seu desejo de suicidar-se. Logo, disse que iria visitá-la o mais rápido possível. No dia seguinte, chegando em sua casa, vi uma miséria muito conhecida aqui na França: a solidão. Com uma bela casa, numa bela cidade da costa azul (côte d'Azur) da França e com um carro na garagem. Tudo isso não estava preenchendo seu coração, que tem fome e sede de Deus.

Por isso, insisto que um encontro com Deus é necessário para não esquecermos os bens essenciais da nossa vida, ou seja, os bens que jamais passarão. Nós podemos encontrar Deus em tudo aquilo que Ele criou, pois na obra de sua criação está os traços de sua presença.
Portanto, o propósito que aconselho para esse novo ano que está chegando é: encontrar Deus na sua Palavra, nas leituras da Missa de Domingo. Antes de ir à Missa de Domingo, seria proveitoso conhecer os textos bíblicos, estudá-los e rezá-los. Se fizermos isso, teremos um profundo encontro com Deus na sua Palavra e na Comunhão Eucarística, pois, o Deus que fala é o mesmo que se entrega para entrar em nossas vidas.

Na Missa, sabemos que Jesus está realmente presente em cada partícula da hóstia que se quebra, seria um grande sacrilégio deixa-lá cair por descuido e falta de zelo. Porém, esquecemos que Jesus está também realmente presente em cada "partícula" de sua Palavra, pois Ele é a Palavra que se fez carne. Nenhuma migalha deve cair da mesa do altar e da mesa da Palavra, temos que "mastigar" bem o Livro e o Pão da Vida, só assim, Jesus, Palavra de Deus, será o nosso alimento transformador.

Então, queridos irmãos e irmãs, façamos o propósito de no ano de 2013, lermos durante a semana, as leituras da Missa de Domingo. Como disse, um encontro com Deus é necessário para termos um ano repleto de bênçãos. Enfim, quando esse encontro é preparado pela leitura dos textos e pela oração, vários obstáculos são removidos, e Deus terá livre acesso para fazer de nós, filhos repletos de sua presença. Creio que não há benção maior! Desejo a todos um ano repleto da presença de Deus!