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Pensamento do dia


"Como um viajante que erra o caminho e, assim que se apercebe, rapidamente retorna à estrada correta, assim também você continue a meditar sem se fixar nas distrações." (São Pio de Pietrelcina)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Feliz com Maria

A mãe de Jesus é proclamada mãe de Deus. A base da fé cristã se dá em Jesus, por Ele não ser apenas um homem e sim também Deus. O filho que Maria gerou é pessoa divina. Ela acompanhou seu filho até a ressurreição. Por Ele ter ido ao céu, Maria também o acompanhou em seguida, sendo levada à eternidade na glória do Filho. Celebramos essa realidade da subida de Maria, viva em corpo e alma, para junto de Deus. Nós a proclamamos feliz, porque, de fato, ela cumpriu a missão que lhe foi confiada, apesar de seu sofrimento, vendo a injustiça humana perseguidora de Jesus. Mas, assim como Ele triunfou sobre tudo, sua felicidade foi imensa com essa vitória.

Maria, simples criatura de Deus, foi escolhida como modelo de isenção de pecado e de abertura total à ação do Criador. Ela bem lembra à prima Isabel a grandiosidade de Deus, que olhou para ela, simples serva obediente e humilde. Seu reconhecimento da bondade do Senhor é estímulo para também desenvolvermos nossa docilidade e adesão ao projeto de Deus a nosso respeito. Se todos ouvissem a Deus como Maria, teríamos pessoas mais felizes e convivência humana mais saudável. Jesus reconhece todas as pessoas que realizam o projeto de Deus como sua mãe. “Felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11, 28).

Já na preparação à vinda do Salvador, o povo hebreu, a caminho da terra prometida, levava a arca da aliança pelo deserto afora. Era o sinal da presença de Deus, o amparo e protetor do povo contra todas as adversidades da caminhada. O povo confiava no seu Senhor para atingir o objetivo de sua luta para fugir da escravidão e conquistar a liberdade. Com Jesus, a libertação se reveste da amplitude existencial. O objetivo da caminhada de seguimento a Ele vai até a eternidade. Mesmo nas adversidades o sacrifício é meritório e redundante em prêmio, tem em vista a cidade permanente. O ser humano quer revestir-se de imortalidade.

A felicidade transitória nada é em comparação com a imorredoura. A meta da realização humana plena só é atingida totalmente com a visão face a face do esplendor de Deus. O filho de Maria veio nos garantir tal finalidade. Maria foi a primeira a assumir essa causa trazida por Jesus. Torna-se verdadeira discípula e assume a missão de apresentar o filho para termos a vida unida à dele. A felicidade de Maria também pode acontecer em todos os que se tornam verdadeiros discípulos do Divino Mestre. Com Ele alcançamos a vitória sobre a morte, conforme diz Paulo. “Graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória pelo Senhor Nosso, Jesus Cristo” (1 Cor 15, 57).

Para entendermos a missão de Maria e sua glorificação é preciso colocarmos fé no projeto de Deus. Ele visa o bem humano, com a valorização de sua caminhada terrestre, através da implantação da justiça e da convivência fraterna de todos, mas tendo o objetivo da conquista do Reino eterno. Não fosse isso, não perceberíamos a ação de Deus em Maria, fazendo dela um exemplo de fidelidade a Deus. Ela fez da sua felicidade a realização do projeto de Deus. Nós também somente conquistamos a felicidade autêntica imitando-a na realização desse projeto.

Dom José Alberto Moura
http://www.catequisar.com.br/texto/maria/reflexao/34.htm

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Jovens receberão um SMS diário do Papa durante a JMJ 2011

MADRI, 26 Mai. 11 / 08:04 am (ACI/EWTN Noticias)

Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude Madrid 2011 (JMJ), expressaram sua "esperança de poder fazer chegar um SMS do Papa (Bento XVI) a todos os jovens participantes na JMJ cada dia de 16 a 21 de agosto".

Indicaram que para isto, os jovens deverão preencher um formulário que aparece no site do evento.

Eles afirmaram que na atualidade mais de 250 000 jovens seguem a organização da JMJ através das redes sociais, por isso alentaram os chefes dos grupos que chegarão à capital espanhola, a enviar "duas mensagens a todos os jovens que estejam inscritos em seus grupos".

"Só faltam 82 dias para a JMJ 2011 Madrid! Temos muita vontade de receber a todos aqui em Madrid!", afirmaram.

O formulário de inscrição para receber os SMS do Papa está em: http://www.madrid11.com/index.php?option=com_chronocontact&chronoformname=SMS

terça-feira, 24 de maio de 2011

Católicos rezam hoje pela Igreja na China na festa de Maria Auxiliadora

Vaticano, 24 Mai. 11 / 01:06 pm (ACI/EWTN Noticias)

Este 24 de maio, festa de Maria Auxiliadora, os católicos do mundo se unem ao convite feito pelo Papa Bento XVI a rezar pela Igreja na China, que com freqüência sofre perseguição por parte do governo.

Rádio Vaticano recorda que "com o coração dirigido ao santuário Mariano de Sheshan em Xangai", onde Maria Auxiliadora "é venerada com tanta devoção, os católicos de todo o mundo evocam as incessantes chamadas do Papa e a exortação que escreveu em sua ‘Carta aos Bispos, aos presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China’".

Nessa carta do ano 2007 o Papa instaurou este dia de oração pela Igreja na China no que "os católicos no mundo inteiro –em particular os de origem chinês– têm que mostrar sua solidariedade e solicitude fraterna por vós, pedindo ao Senhor da história o dom da perseverança no testemunho, seguros de que seus sofrimentos passados e presentes, pelo santo Nome de Jesus e sua intrépida lealdade a seu Vigário na terra, serão premiados, embora às vezes tudo possa parecer um triste fracasso".

As palavras finais dessa carta são uma exortação para que a Virgem Maria, Rainha da China, "que na hora da Cruz, no silêncio da esperança, soube esperar a manhã da Ressurreição, os acompanhe com solicitude maternal e interceda por todos vós junto com São José e com os numerosos Santos Mártires chineses".

"Tenho-lhes presentes constantemente em minhas orações e, pensando com afeto nos anciãos, nos doentes, nas crianças e nos jovens de sua nobre Nação, os abençôo de coração".

Na audiência geral da semana passada, o Papa também alentou a rezar pelos católicos da China, para que a Igreja "permaneça una, santa e católica, fiel e firme na doutrina e na disciplina eclesiástica".

A Rádio Vaticano também propõe neste dia aos católicos que rezem a oração escrita pelo Papa Bento XVI e dedicada a Nossa Senhora de Seshan:

“Virgem Santíssima, Mãe do Verbo encarnado e Mãe nossa,
venerada com o título de «Auxílio dos cristãos» no Santuário de Sheshan,
para o qual, com devoto afeto, levanta os olhos toda a Igreja que está na China,
vimos hoje junto de Vós implorar a vossa proteção.
Lançai o vosso olhar sobre o Povo de Deus e guiai-o com solicitude materna
pelos caminhos da verdade e do amor, para que, em todas as circunstâncias,
seja fermento de harmoniosa convivência entre todos os cidadãos.

Com o «sim» dócil pronunciado em Nazaré, Vós consentistes
que o Filho eterno de Deus encarnasse no vosso seio virginal
e assim desse início na história à obra da Redenção,
na qual cooperastes depois com solícita dedicação,
aceitando que a espada da dor trespassasse a vossa alma,
até à hora suprema da Cruz, quando no Calvário permanecestes
de pé junto do vosso Filho, que morria para que o homem vivesse.

Desde então tornastes-Vos, de forma nova, Mãe
de todos aqueles que acolhem na fé o vosso Filho Jesus
e aceitam segui-Lo carregando a própria Cruz sobre os ombros.
Mãe da esperança, que na escuridão do Sábado Santo caminhastes,
com inabalável confiança, ao encontro da manhã de Páscoa,
concedei aos vossos filhos a capacidade de discernirem em cada situação,
mesmo na mais escura, os sinais da presença amorosa de Deus.

Nossa Senhora de Sheshan, sustentai o empenho de quantos na China
continuam, no meio das canseiras diárias, a crer, a esperar, a amar,
para que nunca temam falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus.
Na imagem que encima o Santuário, levantais ao alto o vosso Filho,
apresentando-O ao mundo com os braços abertos em gesto de amor.
Ajudai os católicos a serem sempre testemunhas credíveis deste amor,
mantendo-se unidos à rocha de Pedro sobre a qual está construída a Igreja.
Mãe da China e da Ásia, rogai por nós agora e sempre. Amém!”

Irmã Dulce é beatificada em Salvador

Permalink: http://www.zenit.org/article-28027?l=portuguese

Deixou “um prodigioso rasto de caridade ao serviço dos últimos”, diz Papa

SÃO PAULO, domingo, 22 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Irmã Dulce (1914-1992) foi beatificada no final da tarde deste domingo, em cerimônia realizada no Parque de Exposições de Salvador, com a presença de cerca de 70 mil fiéis.
Presidiu à cerimônia o cardeal Geraldo Agnelo, arcebispo emérito de Salvador. Estavam presentes o núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, o arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, entre outros clérigos.
A imagem oficial da beata Irmã Dulce estava colocada no palco e foi descerrada ao final da missa.
Milhares de pessoas estavam reunidas no Parque de Exposições desde o início da tarde. Antes da missa de beatificação, houve shows, testemunhos e a encenação de uma peça de teatro que retratou a vida de Irmã Dulce.
Cláudia Cristina, que recebeu o milagre por intercessão de Irmã Dulce – a cura de uma forte hemorragia não controlável durante o parto –, emocionou-se ao falar da graça, que teve reconhecimento do Vaticano no processo de beatificação.
"Estou muito agradecida. Confio em Deus e não sabia da história de Irmã Dulce, mas o milagre é incrível. Por tudo que passei, não era para eu estar aqui hoje. Basta crer, que tudo é possível. Eu acredito totalmente no milagre", disse, entre lágrimas, segundo refere o jornal A Tarde.
Os pequenos atos de amor de Irmã Dulce se traduziram em grandes obras sociais: ela fundou a União Operária de São Francisco, um movimento cristão de operários na Bahia.
Mais tarde, começou a refugiar pessoas doentes em casas abandonadas em uma ilha de Salvador. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares.
Por fim, instalou-os no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou em albergue e que deu origem ao Hospital Santo Antonio, o centro de um complexo médico, social e educacional que continua com as portas abertas para os pobres da Bahia e de todo o Brasil.
O incentivo para construir a sua obra, Irmã Dulce teve do povo baiano, de brasileiros dos diversos estados e de personalidades internacionais. Em 1988, ela foi indicada pelo governo brasileiro para o Prêmio Nobel da Paz.
Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra. Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil.
João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Educar os jovens para justiça e a paz: Tema escolhido pelo Papa para a Jornada Mundial da Paz 2012

Vaticano, 19 Mai. 11 / 01:38 pm (ACI)

O Pontifício Conselho Justiça e Paz no Vaticano comunicou hoje que o Papa Bento XVI escolheu como tema "Educar os jovens para a justiça e para a paz" para a 45ª Jornada Mundial da Paz que será celebrada no próximo 1º de janeiro de 2012.

O comunicado assinala que este tema "introduz-se ao centro de uma questão urgente no mundo de hoje: escutar e valorar as novas gerações na realização do bem comum e na afirmação de uma ordem social justa e pacífica onde possam ser plenamente expressos e realizados os direitos e as liberdades fundamentais do ser humano".

Depois de ressaltar a "urgência de um mundo novo", o dicastério recorda no comunicado que "a Igreja acolhe os jovens e a suas diversas instâncias como o sinal de uma sempre promissora nova primavera e indica Jesus como o modelo de amor que faz ‘novas todas as coisas’".

"Os responsáveis pela coisa pública estão chamados a operar de modo que as instituições, as leis e os diversos ambientes de vida sejam penetrados pelo humanismo transcendente que ofereça às novas gerações as oportunidades da plena realização e trabalho para construir a civilização do amor fraterno coerente com as mais profundas exigências de verdade, de liberdade e de justiça do ser humano".

O comunicado sublinha ademais que "os jovens deverão ser agentes de justiça e de paz em um mundo complexo e globalizado. O qual torna necessária uma nova ‘aliança pedagógica’ de todos os sujeitos responsáveis".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Salvador se prepara para a beatificação da Irmã Dulce neste domingo

Irmã Dulce
SALVADOR, 17 Mai. 11 / 03:06 pm (ACI)

No próximo domingo, 22, terá lugar na capital da Bahia a beatificação de Irmã Dulce. Nascida em 1914, pertencia à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e morreu em 1992. Dom Geraldo Majella, bispo emérito da Arquidiocese de São Salvador, será o representante de Bento XVI nas celebrações que acontecem no Parque de Exposições e contará com a presença de dom Angelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Amato disse que "Irmã Dulce é conhecida no Brasil pela imensurável caridade com os pobres e necessitados. É a Madre Teresa do Brasil. Consagrou-se ao Senhor e passou a se dedicar ao apostolado social nos bairros pobres de Salvador. Promoveu, a partir de 1935, várias iniciativas para a formação dos pobres e pelo inserimento deles no mercado de trabalho. Em 1939, por exemplo, inaugurou o colégio Santo Antonio para os filhos dos trabalhadores”.

“Sem esquecer-se dos doentes, ela criou diversas organizações humanitárias, entre as quais um hospital para os mais pobres da cidade. Foi uma verdadeira mãe dos sofredores. Morreu em 13 de março de 1992 com ares de santidade. As suas virtudes foram declaradas heróicas através do decreto de 3 de abril de 2009”, afirmou o prelado à RV.

Dom Amato destacou ainda o trabalho voltado às classes operárias realizado pela Irmã Dulce, conhecida como o “Anjo bom do Brasil”, desde muito cedo.
"Veja que aos 22 anos a nova Beata fundou o primeiro movimento cristão operário de Salvador, a União Operária São Francisco e o Círculo Operário da Bahia, cuja finalidade era difundir as cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos. Notável a fama de santa e benfeitora dos pobres, o Beato João Paulo II quis visitá-la por duas vezes. Quando da sua morte, o Cardeal da Bahia disse que 'com a morte de Irmã Dulce a cidade estava mais pobre e provava uma espécie de abandono, porque era a melhor, a mais santa e a mais representativa de todos nós", afirmou.

A partir do dia 22 de maio, Irmã Dulce será conhecida como Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. A cerimônia de beatificação da religiosa acontecerá no Parque de Exposições, em Salvador, e a expectativa é que o público atinja a marca de 60 mil pessoas.

A arquidiocese de Salvador informa que no dia 21 de maio, véspera da celebração principal, será realizada, às 16h, uma Missa no Santuário de Irmã Dulce – igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Largo de Roma. Depois, os participantes celebram a vigília, que se estenderá até a manhã do dia seguinte.

Para mais informações:

http://www.arquidiocesesalvador.org.br/destaque/preparativos-para-a-beatificacao-de-irma-dulce/

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nota da CNBB sobre decisão do STF para união homoafetiva

CNBB

Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.
A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.
As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).
As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.
É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política.
A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fundamental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à dignidade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.
Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela intercessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e defesa da família.
Aparecida (SP), 11 de maio de 2011
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana – MG
Dom Luiz Soares Vieira
Vice Presidente da CNBB
Arcebispo de Manaus – AM
Dom Dimas Lara Barbosa
Secretário Geral da CNBB
Arcebispo nomeado para Campo Grande - MS

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Dica de Filipe Peres

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fala último colega de João Paulo II no seminário clandestino

Permalink: http://www.zenit.org/article-27924?l=portuguese

Por Chiara Santomiero 
ROMA, segunda-feira, 9 de maio de 2011 (ZENIT.org) - "Era agosto de 1944: quando, em Varsóvia, começou a insurreição contra os nazistas, o cardeal Sapieha decidiu reunir os estudantes. Essa foi a primeira vez em que vi Karol Wojtyla."
O Pe. Kazimierz Suder, nascido em 1922, lê com voz tranquila as lembranças anotadas com escrita minuciosa nas folhas brancas apoiadas na frente dele. Do outro lado da mesa, como estudantes à espera de uma prova, estavam os jornalistas que chegaram a Cracóvia para recolher o testemunho do último sobrevivente entre os 8 jovens que compunham o seminário teológico clandestino organizado - quando já estava em curso a guerra - pelo indômito arcebispo de Cracóvia, Adam Sapieha, o último bispo-príncipe da cidade.
"Durante a ocupação nazista - explicou o Pe. Suder -, quando um seminarista manifestava ao cardeal a intenção de ser sacerdote, ele recomendava a cada um que estudasse em casa, escondido. Nenhum de nós conhecia os outros."
Era uma medida que tinha se tornado necessária depois de que os nazistas encontraram cinco jovens seminaristas que passavam a noite no seminário fechado por imposição deles: foram presos e fuzilados, enquanto os outros tinham sido deportados a Auschwitz. Por isso, Sapieha tinha decidido manter a clandestinidade total do seminário.
João Paulo II "era um bom companheiro - recordou. Não tinha problemas de comunicação; era modesto no falar, enquanto preferia escutar; dava seu parecer sobre as questões, mas não impunha; tentava compreender o outro e não mentia jamais".
O jovem Wojtyla emprestava anotações (cada página dos seus cadernos estava marcada com as iniciais de Jesus e Maria) e ajudava com prazer os colegas no estudo, mas não nas provas; a um colega que lhe havia pedido respostas durante uma prova, respondeu: "Concentre-se um momento, peça ajuda ao Espírito Santo e depois tente dar sozinho as suas respostas".
"Ele tinha um olhar sereno - afirmou o Pe. Suder - e um grande senso de humor; gostava de ouvir piadas." Fiel à disciplina do seminário, estava muito atento às aulas e era capaz de sintetizar; os professores estavam muito satisfeitos com ele.
"Após o fracasso da insurreição de Varsóvia, chegaram ao bispado os sacerdotes que tiveram de fugir das cidades, razão pela qual nós, os seminaristas, tivemos de ceder nossos quartos e dormimos todos juntos na sala das audiências do cardeal, onde também aconteciam as aulas", prosseguiu o Pe. Suder.
Este período de vida estreitamente comum, que se prolongou até a chegada dos russos à cidade, em janeiro de 1945, aproximou muito os jovens: "Eu soube que ele tinha nascido em Wadovice, que tinha chegado a Cracóvia junto a seu pai, após a morte dos seus, e que depois, em 1941, quando seu pai também morreu, ele concluiu que o objetivo da sua vida era o sacerdócio".
Outra característica do jovem Wojtyla que permaneceu viva na memória de seus companheiros de estudo foi "a sensibilidade com relação ao sofrimento humano. Ele entregava aos pobres tudo o que recebia, mas com muita discrição, para não ostentar sua generosidade".
"Sobretudo - recordou Suder -, ele tinha o dom de saber rezar." Rezava quase sempre de joelhos, com o terço na mão e o escapulário carmelita no pescoço. "Não separava o estudo de teologia da oração: para ele, era tudo uma unidade. Depois da oração da noite, ele ficava na capela com um manual de teologia ou o caderno de anotações; o estudo ligado à oração - e vice-versa - era uma característica sua."
Suder recorda esses anos distantes, a capela da rua Franciszkanska, onde frequentemente à noite os jovens viam o cardeal Sapihea, feroz opositor aos nazistas e catalisador da resistência polonesa, estendido no chão com os braços em forma de cruz; volta a pensar em seu antigo companheiro de estudos, cuja efígie sorri hoje da Basílica de São Pedro, e admite com humildade: "Nunca consegui chegar à sua concentração na oração".
Wojtyla foi ordenado sacerdote em 1º de novembro de 1946; no dia seguinte, celebrou sua primeira Missa na capela de São Leonardo, da Catedral de Wawel, e, em 10 de novembro, na paróquia de Wadowice.
"Nessa mesma semana - recordou o Pe. Suder -, Karol partiu para Roma para fazer seu doutorado, depois de apenas dois anos de estudo no seminário."
A grande aventura do homem que contribuiria para a transformação da história do seu país e do mundo tinha começado.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

“É o maior desafio da Igreja hoje”

Permalink: http://www.zenit.org/article-27871?l=portuguese

D. Celli: como evangelizar com as novas tecnologias

ROMA, quarta-feira, 4 de maio de 2011 (ZENIT.org) - As novas tecnologias impõem à Igreja um grande desafio: evangelizar com novas linguagens e atitudes. Foi o que afirmou nessa terça-feira Dom Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais.
O prelado participou de uma jornada de estudo em Roma promovida pela Ação Católica Italiana, em vista de sua próxima assembleia nacional (6 a 8 de maio).
“As novas tecnologias nos colocam diante de possibilidades inimagináveis”, mas “criam uma cultura digital dentro da qual é necessário chegar ao homem com essa mesma linguagem, para levar a mensagem evangélica”.
Por isso, é fundamental – afirmou – “comunicar com uma atitude respeitosa e não com imposição agressiva”. Trata-se do “maior desafio que estamos enfrentando”.
Sobre o encontro realizado na segunda-feira no Vaticano com blogueiros do mundo, ele afirmou que foi “uma tomada de consciência sobre a importância da blogosfera no contexto global e cultural”. Recordou que “enquanto se realizava o encontro no Vaticano, os blogueiros, ao mesmo tempo, realizavam outro em paralelo, o dos twitters”.
O presidente do organismo vaticano para as comunicações citou um documento de Bento XVI, de 12 de maio de 2010, em Lisboa, onde indicou que: “no mundo de hoje é necessário dialogar de maneira respeitosa com a verdade dos outros”.
Dom Celli acrescentou que agora estamos em uma fase de aprendizagem, porque muitos blogs, “mesmo ao defender a própria fé, são incapazes de instaurar um diálogo”. Isso é um ponto muito importante – sublinhou o prelado – porque “o Papa não nos convida ao proselitismo nem à defesa agressiva daquilo em que cremos”.
O prelado indicou alguns pontos a se respeitar na comunicação, assim como ser conscientes de pertencer à Igreja, “que não somente faz comunicação, mas é comunicação”. Não é abrigo de conceitos intelectuais como se fosse uma ideologia, mas, “substancialmente, é comunicação do amor de Deus, de um Deus que ama o homem e busca-o com um amor incansável”.
Ele enfatizou que as novas tecnologias dão origem a uma nova cultura, chamada digital. Lamentavelmente – afirmou o prelado – “ainda existe na Igreja uma visão instrumental sobre os meios de comunicação”, enquanto que João Paulo II já tinha entendido “que as novas tecnologias geravam uma nova cultura”.
“Uma criança que vive em conexão com outras, por exemplo, entende melhor o que quer dizer comunicação”. E poderá também “entender melhor o que é o corpo místico de Cristo”, porque “entenderá melhor o que significa estar em comunicação com a Igreja”.
O problema de fundo é entender “em que medida sabemos dialogar com a cultura digital, com a realidade juvenil; em que medida a Igreja é capaz de comunicar e anunciar o Evangelho em uma cultura digital”. “Trata-se do maior desafio que estamos enfrentando”.
Dom Celli recordou que “devemos nos perguntar em que medida exercitamos a pastoral no campo digital e temos de entender de maneira explícita o que ainda nos falta”.
Mas aqui existe – explicou – um paradoxo, porque “enquanto se está muito conectado, ao mesmo tempo se está muito sozinho”. Como exemplo recordou como, em média, um jovem envia cerca de 60 SMS por dia. Ele fez um convite: “compete aos jovens que os valores do Evangelho sejam semeados na cultura digital de hoje”.
Outro ponto importante é o que se refere à “linguagem” e, portanto, “não somente ao tecnológico”. Ou seja, é necessária uma “mediação cultural na contextualidade; é necessário entender as problemáticas do homem de hoje”. Do contrário, poderão existir belas afirmações tecnológicas, mas que não atingem” efetivamente as pessoas.
É necessário ter – concluiu – “uma linguagem que possa ser bem entendida, de modo que consiga levar em seu interior a mensagem do Evangelho”.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

“frente à morte de um homem, um cristão não se alegra jamais”

Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgou hoje um comunicado sobre a morte do líder da rede Al Qaeda, Osama Bin Laden.
a3462f63c112afb907cbb3568ab6b64c Comunicado sobre Bin Laden: 
Frente à morte de um homem, um cristão não se alegra jamais
A maioria dos americanos comemorou a morte de Osama


“Osama bin Laden, como todos sabem, tinha a gravíssima responsabilidade de ter espalhado divisão e ódio entre as pessoas, causando mortes de um incontável número de pessoas e explorando a religião com esses objetivos”, disse ele. 
O Vaticano espera que a morte de Bin Laden “não seja uma ocasião para mais ódio, mas para paz.”
Ressalta, porém, que “frente à morte de um homem, um cristão não se alegra jamais”. Ele “reflete sobre a grave responsabilidade de cada um diante de Deus e dos homens, e espera e se empenha para que tal situação não seja ocasião para um crescimento posterior do ódio, mas da paz”.

Bin Laden foi morto neste domingo, 1º de maio, num ataque a um complexo nos arredores de Islamabad. O sucesso da operação liderada por forças norte-americanas no Paquistão foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O mesmo homem que recentemente ganhou o prêmio Nobel da paz.
Na ação, além de Bin Laden, teriam morrido um mensageiro, um irmão e um filho adulto do líder da Al-Qaeda, além de uma mulher, que teria sido usada como escudo.
Menos de 24 horas depois o exército americano teria lançado o corpo ao mar. A TV americana NBC afirmou que essa seria uma maneira de evitar peregrinação ao corpo.

domingo, 1 de maio de 2011

João Paulo II é proclamado Beato, o dia esperado chegou, diz Papa

Daniel Machado (enviado especial a Roma)
Leonardo Meira (da Redação no Brasil) - Canção Nova

A foto oficial de João Paulo II - tirada em 1995 - é exposta após ele ter sido proclamado beato
"E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica". Quando Bento XVI pronunciou essas palavras, a Praça de São Pedro estremeceu neste Domingo da Misericórdia, 1º de maio, data escolhida para a Beatificação do Papa polonês. Cerca de 1 milhão e meio de peregrinos dirigiram-se a Roma para fazer parte da cerimônia, uma das maiores da história da Igreja.

Após os ritos iniciais da Santa Missa, o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, apresentou o pedido de Beatificação do até então Venerável Servo de Deus João Paulo II. Em seu pedido, o Cardeal lembrou João Paulo II como um homem que "mirava sempre o horizonte da esperança, convidando os povos a derrubar os muros das divisões".  Logo após, Bento XVI pronunciou a fórmula que tornou João Paulo II Beato da Igreja e, da mesma janela onde foi apresentado como Papa ao mundo, em 1978, foi desvelada a imagem oficial do novo Beato.

Bento XVI recordou que, embora a tristeza pela perda de João Paulo II fosse profunda no dia de sua morte, a sensação de que uma graça especial envolvia o mundo todo era ainda maior. "Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica", exclamou.

O Santo Padre ressaltou que a bem-aventurança eterna de João Paulo II é a da fé, dom que recebeu do Pai para edificar a Igreja. Nessa perspectiva, também a Mãe do Redentor revela-se como ponto fundamental da vida e espiritualidade do Papa polonês. "Hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade", explicou.

Montagem sobre fotos / AP
Papa preside Missa de Beatificação de seu Predecessor
As palavras memoráveis pronunciadas por João Paulo II na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro - "Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!" - foram vividas por ele em primeira pessoa. "Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem", salientou Bento XVI.

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