Convidados à conversão! Abundante nos documentos da Igreja é o convite à conversão. O Documento de Aparecida é o mais recente deles, objetivando mudanças urgentes e necessárias na vida dos seguidores de Jesus. Dentre as várias chamadas à conversão, podemos destacar três: a pessoal (no encontro com Cristo ressuscitado, numa experiência de fé profunda) que gera mudança integral de vida (DA 226); a pastoral, na passagem do esquema existente, de mera conservação, para uma pastoral decididamente missionária (DA 370); e a conversão estrutural, na renovação das estruturas eclesiais, abandonando as ultrapassadas (DA 366). Toda mudança é um processo que requer tomada de consciência pessoal, decisão e esforço, para que de fato se realize na nossa vida. Sabemos também que toda a mudança causa conflitos no ser humano, pois "o desconhecido" causa desconforto. E nós? Estamos dispostos a enfrentar os desconfortos? Preparamo-nos para isto? Estamos dispostos a enfrentar à conversão diária? O que é esta conversão? Tentamos com todo o esforço necessário, seguir os ensinamentos de Jesus? Ouvimos o que ele nos fala ao coração? Estamos conscientes da necessidade dessas mudanças em nós? No agir, no pensar, nas atitudes ou, apenas sou Cristão? Estamos dispostos a enfrentar as dificuldades da verdadeira vivência daquilo que nos pregou Jesus? Daquilo que lemos, ouvimos e conhecemos como verdade nas palavras de Deus através do Evangelho? Palavras que indicam com o maior amor, o caminho da salvação. Seguimos os exemplos de perdão, amor, fraternidade, humildade, respeito, sinceridade e tranqüilidade, que o Senhor nos ensinou? Será que conseguimos relevar? Temos domínio sob nossa mente a ponto de não permitir que a maldade controle nossos corações e ações? E quando erramos, reconhecemos? Estamos dispostos a enfrentar as dificuldades que a evangelização tem nos proporcionado ou "abandonaremos o barco", passando a acreditar que "já fiz a minha parte"? Será que reconhecemos os problemas existentes e buscamos dialogar em comunidade as ações práticas que tragam melhorias? Preocupamo-nos verdadeiramente com a importância da catequese para as crianças de nossa comunidade? Ela é importante apenas para as crianças? E será que em comunidade, estamos nos preocupando com o que o meu irmão sabe sobre liturgia, comunicação, educação, profissão, pensamentos da Igreja, o sentido dos ensinamentos de Deus, etc.? Se ele conhecer menos, estará mais frágil em relação a sua fé para enfrentar este mundo tão subversivo? As perguntas continuam. Talvez o que precisamos é nos dar conta da mensagem. Uma mensagem presenteada, mas que muitas vezes encarada como se não fosse para nós e sim para o povo da época de Jesus de Nazaré. Esta mensagem nos fala, insiste e aponta para a conversão. Precisamos desta conversão de forma pessoal, pois se não permitirmos Deus agir através de nós, de que forma seremos cristãos? De que forma seremos discípulos? Repetirmos erros diariamente é incoerência. Aparecida não passará de mais um projeto ousado, se não levar à práticas pessoais e comunitárias. Tudo tem seu início na conversão pessoal que nos dispõe a propor, aceitar e implementar as mudanças almejadas. O Senhor nos diz: "Não tenham medo" (Mt 28, 5). Como às mulheres na manhã da ressurreição, Ele nos repete: "Por que buscam entre os mortos Aquele que está vivo?" (Lc 24, 5). Os sinais da vitória de Cristo ressuscitado nos estimulam enquanto suplicamos a graça da conversão e mantemos viva a esperança que não engana (DA 14). |
Pensamento do dia
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Você Sabe? ...que somos convidados?
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