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Pensamento do dia


"Como um viajante que erra o caminho e, assim que se apercebe, rapidamente retorna à estrada correta, assim também você continue a meditar sem se fixar nas distrações." (São Pio de Pietrelcina)

quarta-feira, 27 de março de 2013

O que aprendemos sobre o AMOR na Quinta Feira Santa?



Chegamos à Semana Maior. Ela é especial, porque aprendemos que ela é chamada a ser Santa, separada, escolhida. Os dias que estamos vivendo são extraordinários. São 40 dias caminhando com o Bom Mestre, para nesta Semana contemplarmos ainda mais de perto os Mistérios da Sua Redenção sobre nós. Quantas lições aprendidas durante esse percurso. Hoje quero partilhar de modo particular sobre a Quinta Feira Santa. Ela por si só nos trás muitos ensinamentos. Mas, se me permitem quero me ater aqui apenas ao AMOR.
É bonito olhar para aquela noite e ser recordado ali na Santa Ceia que a mais bela oferta de Amor que podemos fazer a alguém não é de coisas, presentes, elogios, mas de nós mesmos. Naquela Quinta Feira especial, cada gesto e cada fala de Jesus nos ensina que “quando uma pessoa ama, não pode doar nada maior à outra do que a si mesma” (YOUCAT- 407). Se tivermos um olhar atento, compreenderemos que o dom do Pão e do Vinho Eucarísticos significam para nós tudo aquilo de que temos fome. Temos fome de cuidado, de afeto, de atenção, em uma palavra: de AMOR. E Jesus se faz alimento para nos nutrir. Faz-Se alimento, porque refeição é devolução, é restituição daquilo que perdemos. Alimentamo-nos diariamente para devolver ao corpo aquilo que lhe foi subtraído e perdido. Cada refeição é lugar e oportunidade de se restituir.
Em Jesus, a refeição é tão redentora que alguns dos Seus encontros se deram no seu desejo de sentar-se à mesa com aqueles que precisavam ter a Vida Plena devolvida. O prato principal não era material, mas sim a Vida, o Amor! Em algumas refeições temos o encontro com Zaqueu e toda sua família (Lc 19, 1-10); depois em Betânia Ele entra na história de Simão, o Leproso (Mc 14, 3), e finalmente com os discípulos na Última Ceia, onde Ele se senta à mesa para fazer refeição com seus amigos.  Interessante é que nas duas primeiras refeições, o Mestre nos ensina que quando nos sentamos à mesa, não nos alimentamos tão somente do que está posto sobre ela, mas, sobretudo de quem se serve dela. Alimentamo-nos do olhar, do amor, dos gestos, do afeto, e de tudo o que o outro significa. O banquete não é lugar para saciar somente a fome do corpo, mas também a fome da alma.
Com os discípulos o significado da refeição fica mais claro e ganha o sentido da Redenção, pois ali a Salvação acontece. Jesus se senta à mesa e torna-Se a refeição na qual todos os convidados se alimentam. N’Ele o Verdadeiro Amor se traduz. O Pão se transforma em Seu Corpo e o Vinho em Seu Sangue. E como se não bastasse, Ele estende o seu Amor desde o Sacrifício Eucarístico até o Sacrifício do Calvário. Ali Ele revela e identifica o pão que reparte, com o Seu corpo entregue para a vida do mundo no alto da Cruz. Os sacrifícios se abraçam e se tornam um só. O Pão na Eucaristia passa a ser o Amor que na Cruz Ele nos doou até o fim. E assim, em resposta a esse Amor e ao Seu pedido, temos feito desde então “ação de graças” em Sua memória. Desde aquela Quinta Feira, temos atualizado em nossos corações, por meio da Eucaristia em cada Missa celebrada, aquela única e maior oferta de Amor que já recebemos. João, o discípulo amado, aquele que estava reclinado no peito de Jesus durante a Ceia, (Jo 13, 23) entendeu bem essas lições, e não sem razão nos escreveu dizendo que realmente são “felizes todos os que convidados para este Banquete!” (Ap 19,9).


Jerônimo Lauricio
Equipe Catecismo Jovem 

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