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O que é a Páscoa?
É a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
É a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Essa seria uma resposta simples, e todos
os que se dizem cristãos deveriam tê-la na ponta da língua, quisera no
coração. No entanto, faça essa pergunta a uma criança e a resposta
estará relacionada a coelhinho da Páscoa, ovos de chocolate e presentes.
Não diferente do Natal, a celebração pascal, assim como as festas
juninas e outras datas importantes do Cristianismo, está se tornando
sinônimo de consumismo.
O próprio Papa Bento XVI, na Missa do
Galo de 2011, disse que “o Natal tornou-se uma festa de negócios, cujo
fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus”. Será que
podemos incluir a Páscoa nessa mesma mentalidade de “negócio”, da qual
recordou o Santo Padre?
Sem recorrer a fantasias de “teoria da
conspiração”, não podemos negar que existe uma ideologia anticristã bem
articulada com o intuito de transformar a sociedade em um organismo
indiferente à religião.
Há tempos que as conferências
episcopais de vários países, além da própria Santa Sé, têm nos chamado à
atenção para uma perversa tentativa de excluir as expressões religiosas
– como festas e feriados -, da esfera pública, assim como a negação dos
direitos iguais e a “marginalização social dos cristãos” (Comissão das
Conferências Episcopais da Europa).
No início de 2012, por exemplo, a
Comissão Europeia disponibilizou mais de três milhões de cópias de uma
agenda com as cores da União Europeia. A agenda continha feriados
judeus, hindus, islâmicos, sikhs, mas não havia os feriados cristãos,
nem sequer o dia 25 de dezembro, quando a Igreja comemora o Natal,
nascimento de Jesus Cristo. Depois de uma petição feita por mais de 37
mil europeus, em 7 línguas, os feriados voltaram à agenda. Em Portugal,
cogita-se que a festa de Corpus Christi e Assunção de Maria (15 de
agosto) não serão mais feriados em 2013.
Se, na Europa, estão querendo
banir as festas religiosas dos calendários, a estratégia no Brasil é
desvirtuá-las. A transformação das festas cristãs em ‘festas de
comércio’ também é uma forma de ridicularização e zombaria da religião,
consequência de um mundo cada vez mais secularizado e anticristão.
Nesta Semana Santa, você vai ouvir muito
a mídia falar sobre o famoso “feriadão”, seguido de um forte apelo ao
consumo que esvazia o verdadeiro sentido da Páscoa. “O Papa João Paulo
II, na carta apostólica Dies Domini, alerta-nos sobre essa
realidade perversa que transforma o tempo de encontro com Deus num tempo
de consumo”, diz padre Joãozinho (SCJ).
“Existem duas festas cristãs que são
‘colunas’ do ano litúrgico: a Páscoa e o Natal. Mas, junto delas,
associou-se duas datas importantes para o comércio”, explica o
sacerdote. De acordo com o padre, agora é a vez do ovo de Páscoa, coisa
desnecessária para a alimentação. “É bem possível que, passando a festa
pascal, nós encontremos, à venda, os enfeites para a preparação do
Natal”, alerta padre Joãozinho.
A pergunta é: como vamos fugir dessa tendência perversa de transformar as festas cristãs em festas de consumo?
Em primeiro lugar, é preciso uma urgente
e sólida reeducação dos valores religiosos em nossas crianças e jovens.
Em segundo, um forte testemunho de vivência das nossas festas
religiosas em nossas paróquias e comunidades. Somado a isso, é preciso
renunciar ao consumismo e resistir aos apelos midiáticos tão intensos
nas festas católicas.
Com todo respeito ao “coelhinho”
e ao “bom velhinho”, é preciso retirá-los de cena para que o Cordeiro
Imolado assuma o seu lugar.
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