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Pensamento do dia


"Como um viajante que erra o caminho e, assim que se apercebe, rapidamente retorna à estrada correta, assim também você continue a meditar sem se fixar nas distrações." (São Pio de Pietrelcina)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Você Sabe? ...o significado das cores litúrgicas?

Assim como a natureza enfeita-se com suas cores em cada estação do ano, a Igreja, esposa do Senhor orna-se em cada tempo litúrgico, mudando suas cores e catequizando os fiéis que se alimentam deste pão sublime que é a liturgia.

Diz o missal romano, no número 307: "As diferentes cores das vestes litúrgicas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico".

O ano litúrgico inicia-se com o Tempo do Advento, marcado pela cor ROXA ou violeta, com tonalidade mais clara. A cor roxa lembra a penitência, mas enquanto na Quaresma é um tempo mais marcante de penitência (por isso o roxo mais forte), no advento marca uma espera. Advento, vinda do Senhor, é necessário estar atento, vigilante. O roxo também pode ser usado nos Ofícios e Missas pelos mortos.

No Natal do Senhor, como nos Ofícios e Missas do Tempo pascal e ainda em festas e memórias, exceto as da paixão; nas festas e memórias da Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires, na festa de Todos os Santos (1° de novembro), da Cátedra de São Pedro (22 de fevereiro), da Conversão de São Paulo (25 de janeiro) e também São João Batista (24 de junho) e de São João Evangelista (27 de dezembro), é usado o BRANCO que, segundo a interpretação popular, significa inocência, pureza, paz. É a cor das Solenidades, da alegria total, do júbilo.

A cor VERDE se usa nos Ofícios e Missas do Tempo Comum, significando: vida, esperança, perseverança. Neste novo ano litúrgico acompanharemos as leituras do ano B, escutando o Evangelho de São Mateus, o judeu publicano convertido ao amor de Cristo.

O VERMELHO é usado no domingo da Paixão e na Sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires. Sangue, amor, vida, fogo!

O PRETO pode ser usado nas Missas pelos mortos e o ROSA nos domingos Gaudete (3° do Advento) e Laetare (4° da Quaresma).

A cor não é algo casual, mas algo característico; a palavra para a cor, no Egito antigo, significa simultaneamente "Ser". No uso lingüístico alemão "cor" pode ter o mesmo significado de "vida"; no desmaio ou na morte, perde-se a cor. "No reflexo colorido temos a vida" (Goethe).

Na interpretação das cores deve-se observar que, geralmente, não podem ser entendidas de modo absoluto, mas sim em sua associação a uma forma, cujo significado complementam ou confirmam. Uma avaliação simbólica das cores pode ser comprovada na maioria dos povos, culturas e religiões. Apenas por curiosidade, no Egito Antigo, o azul correspondia aos deuses, o vermelho o opositor Seth; o verde à vida, preto era a cor do mundo subterrâneo e também do renascimento.

Na simbologia das cores do México antigo, o branco significava o crepúsculo, a origem; o vermelho = sangue, fogo, luz solar; azul= turquesa, água, chuva. Na arte cristã ocidental não existe um cânon de cores geral, apesar de algumas atribuições serem consideradas válidas: assim, vermelho, azul e verde juntos referem-se à Trindade: vermelho = Deus Pai; azul = Cristo; verde = Espírito Santo.

Que a variedade, grandeza e beleza das formas e cores, possa nos levar ao encontro com o amor de Deus-Pai. Conhecer e cuidar da liturgia é amar o corpo místico de Cristo, a Igreja, cuja cabeça é Ele próprio.

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